A Federação das Associações Rurais do Mercosul (Farm) está defendendo a continuidade dos programas de combate e erradicação da febre aftosa no bloco, para manter o status de zona livre da doença com vacinação, informou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), uma das representantes brasileiras no grupo. Alguns produtores no Paraná já defenderam neste ano a suspensão das campanhas de vacinação contra a doença, para que possam pleitear o status de zona livre de aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla para Organização Internacional de Epizootias, antigo nome da entidade).
O governo federal informou recentemente que trabalha para que o país inteiro obtenha o status de livre de aftosa com vacinação da OIE até maio de 2016. A Farm defende que uma eventual suspensão do uso da vacina no rebanho bovino do Mercosul deveria ser analisada com critérios científicos, para evitar a volta da enfermidade e impactos sociais e econômicos negativos, segundo informou a CNA.
“Esta situação (continuidade dos programas de vacinação) permitiu o reconhecimento internacional do bloco como livre da aftosa com vacinação e consolidou o Cone Sul como um fornecedor confiável de carne de bovina e ovina para o mundo”, disse a Farm em posicionamento divulgado em Palermo, na Argentina, durante a 129ª Exposição de Pecuária, Agricultura e Indústria Internacional no fim de julho. A entidade defendeu ainda acordo de livre comércio com a União Europeia, e que autoridades sul-americanas dobrem esforços para concluir com êxito as negociações. A Farm é composta por entidades do setor agropecuário do bloco sul-americano. No Brasil, os representantes são a CNA e a Sociedade Rural Brasileira (SRB).