A recente ocorrência da gripe aviária H5N1 no Brasil tem despertado preocupação, mas baixa possibilidade de transmissão para seres humanos traz alívio para a população e reforça a importância das medidas adotadas para evitar a disseminação em larga escala. De acordo com nota enviada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), “não há qualquer risco de transmissão da enfermidade por meio do consumo de produtos, informação que é respaldada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), OMSA e todos os órgãos internacionais de saúde humana e animal”.
A gripe aviária H5N1 tem circulado pelo mundo há mais de 20 anos e afetado principalmente aves migratórias. O foco principal das autoridades brasileiras é evitar que o vírus atinja as grandes granjas do país, que é um dos principais exportadores de carne de frango do mundo. Até o momento, o único registro de contaminação em animal de criação foi em uma pequena propriedade, o que não afeta o comércio internacional nem torna o consumo de produtos de aves inseguro, de acordo com o Ministério da Agricultura.
A doença se espalha rapidamente entre as aves, sendo responsável pelo sacrifício de milhões de aves em diversos países ao longo dos anos. No entanto, a transmissão para humanos é rara. Desde 2003, apenas 874 pessoas foram infectadas pelo H5N1 em todo o mundo, com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 52%.
Nos Estados Unidos, Equador e Chile, ocorreram registros recentes de infecção em humanos, mas todos os casos foram isolados e os pacientes se recuperaram. No Brasil, até o momento, os casos suspeitos foram descartados pelo Ministério da Saúde.
A contaminação em humanos ocorre por meio do contato direto com secreções e fluídos de animais infectados, vivos ou mortos. Por isso, é essencial evitar o contato com aves doentes e tomar precauções de higiene, como a lavagem frequente das mãos. Não há registros de contaminação por meio do consumo de carne de frango ou ovos devidamente preparados.
Uma boa notícia é que, até o momento, não há relatos de transmissão de gripe aviária de humano para humano nas Américas ou em nível global. Essa falta de transmissão sustentada entre humanos diminui o risco de uma pandemia.
Apesar do baixo risco de contaminação em humanos, os órgãos de saúde permanecem vigilantes e atentos a possíveis mutações do vírus que poderiam aumentar a transmissão entre humanos. A declaração de estado de emergência zoossanitária pelo Ministério da Agricultura mostra a prontidão do país em enfrentar a doença e adotar medidas preventivas.
É importante ressaltar que o Brasil já vinha implementando protocolos de segurança e monitorando a situação da gripe aviária há muitos anos. As granjas e associações empresariais seguem regras rígidas de higiene e controle, o que tem contribuído para a ausência de registros da doença no país.
Neste momento, é fundamental manter a vigilância, seguir as orientações das autoridades de saúde e apoiar as medidas preventivas para evitar a disseminação da gripe aviária. Com o esforço conjunto, é possível controlar os riscos e garantir a segurança da população.