As autoridades russas publicaram um projeto de decreto no qual o sistema de compartimentação será implementado a partir de 1º de março de 2025, com validade até pelo menos 1º de março de 2031. Semelhante à indústria suína, o plano prevê a divisão de todas as fazendas avícolas em 4 categorias ou compartimentos, dependendo do nível de proteção biológica. Os Compartimentos 1 e 2 são atribuídos a fazendas com baixo ou fraco nível de proteção biológica, enquanto o Compartimento 3 é destinado a fazendas com um nível padrão de proteção.
Quase todas as fazendas industriais de suínos na Rússia possuem o Compartimento 4, indicando conformidade com as regras veterinárias mais rigorosas. Sua principal vantagem é permitir que as fazendas de suínos localizadas em territórios afetados pela PSA continuem a vender produtos fora da região, inclusive para o exterior.
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Para manter as exportações em andamento
A expectativa é que as fazendas avícolas com o compartimento mais alto possam continuar exportando aves, mesmo estando na zona de quarentena, desde que a gripe aviária não seja registrada na instalação. No esclarecimento do decreto, o Ministério da Agricultura russo afirmou que o sistema de compartimentação traria vantagens comerciais para a indústria avícola russa.
O Ministério afirmou: “[Isso envolverá] procedimentos simplificados de exportação, melhoria da situação epizoótica nas instalações avícolas e garantia da segurança veterinária dos produtos avícolas.”
O regulamento em elaboração detalha como os proprietários podem solicitar a inspeção das instalações de produção avícola para determinar seu estado de saúde animal. As autoridades revelaram que as agências veterinárias russas realizarão a inspeção gratuitamente.
As fazendas avícolas russas solicitaram à agência veterinária russa Rosselhoznadzor a introdução do sistema de compartimentação, conforme revelado por Sergey Dankvert, chefe da Rosselhoznadzor, em abril de 2023. Ele também criticou a forma como o sistema veterinário é organizado nas fazendas avícolas do Ocidente.
“Dizemos que as perdas [devido à gripe aviária] que sofrem na Europa, na América, até mesmo no Japão, são previsíveis porque optaram por não fortalecer a proteção biológica ou, como chamamos, a compartimentação, mas seguir o caminho verde – que as aves precisam andar, respirar ar fresco e não viver em gaiolas”, afirmou Dankvert na época.