Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Influenza Aviária

Fezes de aves aquáticas têm papel limitado na transmissão aérea da Influenza Aviária

Fezes de aves aquáticas têm papel limitado na transmissão aérea da Influenza Aviária

Um estudo da Wageningen Bioveterinary Research revelou que a transmissão aérea do vírus da gripe aviária por meio da aerossolização de fezes de aves aquáticas selvagens não desempenha um papel significativo na infecção de aves criadas em ambientes fechados.

O estudo desenvolveu uma avaliação de risco semiquantitativa para a introdução da gripe aviária altamente patogênica (HPAIv) em granjas avícolas por fezes aerossolizadas de aves selvagens infectadas. Usando um modelo simples, os pesquisadores estimaram que o risco dessa rota de introdução era muito baixo. A pesquisa, apoiada pelo programa Statutory Tasks, utilizou um modelo de avaliação de risco microbiano quantitativo e abrangente.

“Com este modelo, podemos estimar a probabilidade de que a aerossolização de fezes de aves selvagens infectadas com HPAIv nas proximidades de granjas avícolas resulte na infecção de aves alojadas em ambientes fechados”, explicou o epidemiologista veterinário Armin Elbers.

Os dados utilizados no modelo foram extraídos de experimentos e literatura científica, resultando em uma ampla diversidade de parâmetros de entrada.

Baixa Probabilidade

Clazien de Vos, que conduziu o estudo junto com Elbers, afirmou que a probabilidade diária de infecção de uma granja avícola por aerossolização de fezes contaminadas de aves aquáticas selvagens é extremamente baixa. Considerando o número total de granjas e a duração da temporada de gripe aviária, uma infecção por HPAIv em granjas avícolas na Holanda é esperada uma vez a cada 455 anos por essa rota de introdução. Mesmo no pior cenário, a probabilidade de novas infecções ainda é muito baixa, ocorrendo uma vez a cada 17 anos.

Os resultados indicam que essa rota é pouco significativa para surtos de HPAIv em aves alojadas em ambientes fechados.

Biossegurança

A falha em operar medidas rigorosas e consistentes de biossegurança pode ser um fator de risco maior na introdução de HPAIv em granjas avícolas. A avaliação de risco fornece ferramentas para prevenir a transmissão de HPAIv por partículas de fezes de aves selvagens infectadas. A secagem de fezes infectadas é um pré-requisito para a aerossolização, algo que geralmente ocorre durante a temporada de gripe aviária, quando os excrementos são depositados em superfícies de concreto ou pavimentadas ao redor das unidades avícolas.

Para minimizar essa probabilidade, os pesquisadores aconselham a remoção segura dos excrementos de aves selvagens das superfícies pavimentadas ao redor dos galpões. Isso também reduz a probabilidade de introdução acidental de excrementos contaminados no galpão pelas botas de pessoas que andam na propriedade.

O estudo completo pode ser encontrado aqui.