O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) confirmou o primeiro caso de gripe aviária H5N1 em suínos no país, em uma pequena fazenda no Oregon. A descoberta coloca em alerta especialistas, dado o potencial dos suínos em hospedar simultaneamente vírus aviários e humanos, o que pode resultar na formação de uma nova variante com capacidade de infectar humanos mais facilmente.
Apesar da preocupação, o USDA declarou que o incidente não afeta o fornecimento de carne suína e que o risco para a saúde pública permanece baixo. Richard Webby, virologista do St. Jude Children’s Research Hospital, pontua que, embora o caso seja isolado, a transmissão da gripe aviária entre suínos poderia elevar significativamente os riscos de contaminação para humanos. Webby relembra a pandemia de H1N1 de 2009-2010, que teve origem nos suínos, ressaltando a importância da vigilância constante.
Após a confirmação, a fazenda foi colocada em quarentena, e medidas preventivas foram tomadas, incluindo a eliminação de suínos e aves infectados, além de monitoramento de outros animais presentes. O caso não se originou em uma criação comercial de suínos, mas foi provavelmente introduzido através de aves selvagens migratórias, que têm disseminado o vírus entre aves e rebanhos de gado.
Em resposta ao evento, o USDA intensificou a vigilância da gripe aviária e ampliou os testes, incluindo amostras de leite a granel a nível nacional, segundo o secretário de Agricultura, Tom Vilsack. A medida visa controlar o avanço do vírus e monitorar possíveis novos casos.