A vaca brasileira sob suspeita de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no estado de Mato Grosso teria sido abatida numa unidade da JBS SA, confirmou a empresa na terça-feira (29) em uma mensagem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os “controles rígidos” feitos pela empresa e pelos fiscais federais do Ministério da Agricultura ajudaram a evitar que o animal entrasse na cadeia alimentar, notou a empresa.
“O evento, identificado em uma unidade da JBS em Mato Grosso, que conta com a presença diária de fiscais federais, comprova a eficiência do processo de controle instalado em todas as unidades da companhia”, informou a JBS em comunicado.
O animal de 12 anos foi encontrado caído no chão da instalação em março durante a fase de inspeção pré-abate, e com base em seus sintomas, foi morto por inspectores com amostras de tecido nervoso enviadas a um laboratório nacional.
Como no caso de EEB atípica de 2010 no estado do Paraná, a vaca em Mato Grosso tinha mais de dez anos de idade, reduzindo a possibilidade de EEB clássica, que ocorre principalmente em animais de idade entre 2 e 7 anos. O Brasil nunca teve um caso clássico de EEB, e mantém um status de risco “insignificante” pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Após os testes iniciais que confirmaram a presença de príons no cérebro da vaca que podem ser um agente causador da EEB, amostras de cérebro foram enviadas para o Laboratório de Saúde Animal e Veterinária em Weybridge, na Inglaterra, considerado um laboratório de registro para tais investigações. Os resultados do laboratório podem ser compartilhados pelo Ministério da Agricultura no final desta semana.