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Sanidade

Paraná e cinco estados defendem a padronização da inspeção sanitária

Para o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, a discussão entre os estados é extremamente importante.

Paraná e cinco estados defendem a padronização da inspeção sanitária

A padronização dos sistemas de fiscalização e inspeção sanitária dos produtos de origem animal foi um dos assuntos discutidos pelo Paraná e outros cinco estados durante o Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), realizado quarta-feira (26.03), durante a Feira Internacional de Proteína Animal, que acontece no Expotrade, em Pinhais. Participaram do debate os representantes do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Para o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, a discussão entre os estados é extremamente importante. “É preciso ficar atento às questões de sanidade e boas práticas para construir soluções. Esta é uma oportunidade para gastar energia e unir conhecimento, com o objetivo de encontrar meios para que a nossa produção mantenha a chancela da qualidade e chegue aos mercados do mundo sem restrições”, afirmou Ortigara.

O Paraná, representado por sua Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), colocou em discussão a adesão de todos os Estados ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI). “O serviço de inspeção desses estados foi considerado equivalente, mas tenho a impressão de que esta equivalência não está sendo cumprida na sua totalidade. É preciso ter o mesmo critério, não basta apenas seguir os mesmos procedimentos”, apontou Inácio Afonso Kroetz, presidente da Adapar.

Segundo Kroetz, a adesão ao SISBI daria a garantia de que os produtos de origem animal consumidos em todo o território nacional possuem a mesma qualidade, uma vez que foram inspecionados sob os mesmos critérios. Desta forma, a fiscalização dos produtos inspecionados garantiria sua livre circulação entre os estados.

Opinião compartilhada por Enori Barbieri, representante da Defesa Agropecuária de Santa Catarina. “É preciso ter uma padronização nacional dos serviços feitos pelos estados, supervisionado pelo ministério. O produto consumido em Santa Catarina tem que sofrer a mesma fiscalização do produto feito em São Paulo, Paraná ou na Bahia”, acredita.

MODERNIZAÇÃO – Outro ponto destacado no fórum foi a necessidade de modernização do SISBI antes da adesão dos estados. “Estamos abertos à inovação, mas gostaríamos de mais participação do Ministério da Agricultura para que possamos encontrar uma nova forma de inspeção sanitária para todos os estados”, apontou Eraldo Marques, representante da Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul.

Na visão do coordenador do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Leandro Feijó, este é o caminho a ser seguido em busca da melhoria dos serviços de sanidade agropecuária do país. “Estamos abertos a discussão sobre modernizar os procedimentos que a inspeção necessita para criar um padrão único que dê a segurança esperada pela população brasileira e que atenda aos requisitos sanitários dos diversos países com os quais nós temos relação comercial”, disse ele. “É um desafio importante, pois o SISBI é a porta de entrada para unir os conhecimentos das esferas federal e estadual para transferir acertos e erros na busca por um modelo ideal”, complementou.

No caso de Mato Grosso do Sul, o governo procura a melhor maneira de implementar o sistema brasileiro. “Estamos tentando nos adequar ao SISBI e temos sentido dificuldade. Mas essa troca de informações nos auxilia a tomar diretrizes, usando a experiência dos outros estados como nosso guia”, explicou a representante do Estado, Maria Cristina Carrijo.

DOENÇAS – O encontro também abordou outros temas, como ações conjuntas no controle à tuberculose e brucelose, e estratégias para a evolução do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). “Neste fórum de discussão procuramos fazer uma integração entre os órgãos estaduais para ver a melhor forma de cumprir a legislação, propor alteração quando a lei estiver defasada. A troca de experiências e interação das ações fortalecem todos os serviços de defesa sanitária do país”, avaliou Nelmon Costa, integrante da defesa sanitária de Minas Gerais.

COESA – Pela manhã também foi realizada a reunião do Comitê Estadual de Sanidade Avícola. Houve a reeleição pelo mandato de dois anos do coordenador, Humberto Schiffer Cury, e do vice-coordenador, Irineu Dantes Peron. “A reeleição da coordenação demonstra que o Coesa está seguindo seus objetivos e cumprindo com a sua missão”, acredita Inácio Afonso Kroetz, presidente do Coesa.