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PSA

Alerta urgente sobre Peste Suína Africana na América

Portal Suinocultura Industrial alerta produtores e toda a cadeira produtiva de suínos para os perigos e medidas de biosseguridade para contenção da doença nos suínos

Alerta urgente sobre Peste Suína Africana na América

A peste suína africana (PSA) se tornou uma grande crise para a indústria de suínos, causando inúmeros riscos às granjas e sustento de pequenos proprietários dos animais. Desde 2018 a doença vem afetando mais 50 países na África, Europa e Ásia. A região das Américas se encontra em alerta após ocorrência de PSA na República Dominicana no início do mês de agosto. O país encontrava-se livre da doença há anos.

“A grande diversidade de sistemas de produção e comércio que atualmente coexistem na Região das Américas apresenta desafios adicionais únicos no que diz respeito ao enfrentamento desta doença. Mas a situação não nos encontra despreparados, pois já há vários anos nos antecipamos a um acontecimento como este”, diz Dr. Luis Barcos, Representante Regional da OIE para as Américas.

Novas investigações estão em andamento para determinar como o vírus entrou no país e várias medidas já estão em vigor para impedir sua propagação. É fundamental a atenção para a biosseguridade nas granjas.

O Brasil se destaca como o quarto maior produtor mundial e é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre da doença desde 1984. Atenção é fundamental no país para permanecer livre da doença e o Portal Suinocultura Industrial une informações de órgãos e especialistas da área sobre o assunto para auxiliar produtores e cadeia produtiva com as atualizações de medidas de contenção no Brasil.

Após a confirmação do diagnóstico para PSA, o Governo Dominicano, por meio de seu Ministério, acionou o Comitê Nacional de Emergência para Doenças Exóticas de Animais Domésticos, que instaurou algumas ações imediatas como forma de garantir a produção nacional de suínos. Sendo algumas delas:

  1. Proibição de trânsito (entrada e saída) de suínos vivos e abatidos nas províncias afetadas;
  2. Estabelecimento estratégico de pontos de controle em ambas as províncias com o apoio dos militares, visando a ampliação da vigilância e estabelecimento de barreiras;
  3. Realização de investigações epidemiológicas.
  4. Outra medida que está sendo discutida é a instauração de um fundo para custear as ações de emergência sanitária na região.

PSA e as medidas de prevenção

A Peste Suína Africana (PSA) é uma doença viral fatal dos suínos, tanto os domésticos como os asselvajados, independente da idade, sexo, raça ou tipo de exploração econômica. É uma doença altamente contagiosa sem vacina e tratamento, podendo causar sérios problemas no rebanho e interferindo diretamente nos negócios econômicos dos produtores.

Com a confirmação da doença nas américas, no dia 29 de julho, em uma reunião em conjunto com o setor, o MAPA reforçou que a PSA entrará no Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos, que redefinirá os componentes do sistema como vigilância sorológica baseada em risco, inspeções em estabelecimentos de criação, investigação dos casos suspeitos, inspeção em abatedouros e vigilância sorológica em suínos asselvajados. Essas ações são para reforçar o compromisso em manter e melhorar a vigilância dessa importante doença, visando proteger a suinocultura nacional.

A prevenção para a introdução da PSA em países livres da doença depende da adoção de medidas de biosseguridade para evitar a introdução do vírus, ou de produtos infectados nas zonas livres.

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) compartilhou algumas medidas de biosseguridade para auxiliar produtores.

Dentre as medidas de biosseguridade em granjas apontados pela ABCS, temos:

  • Evitar visitas nas unidades de produção, pois todo o visitante pode ser um risco a introdução de patógenos, e, caso haja visitas, realizar o vazio sanitário e todas as demais medidas de biosseguridade recomendadas pela unidade de produção
  • Isolamento e quarentena dos suínos importados.
  • Evitar a entrada de pessoas recém-chegadas ao país (pelo menos 72 horas).
  • Descarte apropriado de restos de alimentos oriundos de áreas infectadas (incineração ou esterilização).
  • Nos criatórios não tecnificados, em hipótese alguma deve-se usar resíduos proveniente de aterros sanitários. Restos de comida de restaurantes, ou mesmo domésticos, também devem ser evitados, especialmente se não forem submetidos a cozimento.
  • Barreiras físicas impedindo a entrada de outros animais (cães, gatos, animais silvestres e asselvajados e outros) no perímetro da granja, bem como insetos e roedores nos galpões.
  • Controle de moscas e carrapatos.
  • Desinfetar e controlar a entrada de equipamentos, implementos, materiais e suprimentos, na entrada da granja.
  • Realizar capacitações orientando os funcionários e a implementação de medidas de biosseguridade na granja.

Já as medidas que devem ser reforçadas para viajantes são:

  • Reforço na inspeção de bagagens de passageiros com intuito de verificar a vinda de alimentos e outros materiais, não autorizados que podem ser potenciais veiculadores desta doença, atividade onde se insere o emprego dos cães detectores do MAPA.
  • Proibição da entrada de carne (in natura ou industrializada) no país por meio das bagagens;
  • Fiscalização do descarte adequado de resíduos alimentares provenientes de bordo de aeronaves comerciais e navios, quando procedentes de países infectados por essa doença.
  • Descarte de forma correta, roupas e calçados usados durante as visitas internacionais, pois mesmo a lavagem não garante que os acessórios fiquem livres dos patógenos.

Na República Dominicana

A Comissão Oficial para o Controle e Erradicação de Surtos de Peste Suína Africana da República Dominicana se declara em sessão permanente para fortalecer as medidas implementadas no país e otimizar a coordenação interinstitucional com as diferentes equipes que estão no terreno nos trabalhos de levantamento, controle e erradicação da PSA.

Nas últimas 48 horas, as equipes comandadas pelos diretores regionais do Ministério da Agricultura e da Direcção-Geral da Pecuária continuam com o protocolo de eliminação dos focos.

Informamos que já se encontra no país um equipamento de alta tecnologia doado pelo governo dos Estados Unidos que está instalado na unidade de biologia molecular do Laboratório Central Veterinário (LAVECEN) com o objetivo de aumentar a resposta diagnóstica e obter resultados oportunos e oportunos no suporte .à vigilância epidemiológica do plano de controle e erradicação da PSA. A LAVECEN possui toda a logística instalada para atender a esta emergência sanitária.

As províncias com positividade para a doença suína são Sánchez Ramírez, Santiago, Hermanas Mirabal, La Vega, Montecristi, Elías Piña, San Juan, o Distrito Nacional, Dajabón, Duarte e Santiago Rodríguez. As brigadas de controle sanitário estão se encaminhando para as demarcações para intervir nos incubatórios de quintal, por estarem suscetíveis a contrair a doença.

O Governo dominicano está aplicando as normas de organismos internacionais para conter o avanço da PSA mediante a implementação das normas que nos manda a situação sanitária existente.