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Colômbia

"O vírus não é transmitido pelo consumo de carne suína", aponta especialista em PSA

Entidade colombiana indicou que será reforçada a fiscalização na importação, distribuição e comercialização dessa carne no país

"O vírus não é transmitido pelo consumo de carne suína", aponta especialista em PSA

Diante do alerta do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sobre a presença da Peste Suína Africana na República Dominicana, Invima, ICA e Porkcolombia anunciaram que serão reforçadas as medidas sanitárias para mitigar a chegada do vírus à Colômbia.

O Instituto Nacional de Vigilância Alimentar e Medicamentosa, Invima, explicou que se trata de uma doença viral de suínos, que atinge todas as faixas etárias desses animais e pode causar taxas de mortalidade de até 100%.

A entidade destacou que a doença é transmitida pelo contato direto com suínos infectados, ou pela alimentação com restos de carne ou produtos contaminados pelo vírus, bem como por elementos contaminados que entram em contato com suínos suscetíveis.

“A ideia é fortalecer as tarefas de fiscalização e controle nas unidades de processamento e nos locais de entrada. Bem como na distribuição e comercialização de produtos cárneos de suínos ” , indicou o diretor de Alimentos e Bebidas da Invima, Carlos Robles Cocuyame.

Acrescentou que “ queremos assim contribuir de forma eficaz e evitar que uma doença catastrófica como esta entre no nosso território nacional”.

“O vírus não é transmitido pelo consumo de carne suína. Não deve haver preocupação com essa parte ”, disse ele à Rádio Caracol, após notar que a doença não é transmitida para as pessoas, embora possa afetar gravemente os suínos, podendo até levar à morte em 100% dos casos.

A entidade insistiu à SEMANA que o vírus não atingiu a Colômbia e em nenhum caso é transmitido a humanos ou outros animais que não sejam porcos.

Ações Invima

  • Enfatizar a inspeção oficial ante mortem para verificar as condições dos animais que entram nos estabelecimentos.
  • Ligar para as centrais de beneficiamento para garantir a rastreabilidade dos animais que chegam ao estabelecimento, como a guia de despacho de carnes e derivados comestíveis das centrais de beneficiamento, desossa, acondicionamento, armazenamento e transporte da carne e produtos de carne comestíveis.
  • Enfatizar para as unidades de processamento a importância de garantir que os animais cheguem com a documentação sanitária correspondente (GMSI) e que tenham etiqueta de identificação.
  • Destacar a importância da integração dos atores da cadeia da carne para o controle da ilegalidade e do contrabando de animais, carnes e derivados comestíveis.
  • Acompanhamento para identificação de qualquer sintoma compatível com a doença, antes do qual o ICA deve ser notificado para sua atenção.
  • Prestar apoio ao ICA, em qualquer situação reportada em portos, aeroportos e postos de fronteira.
  • Recomendar aos importadores de carnes que monitorem a situação sanitária dos países onde ocorre a doença e, em qualquer caso, que verifiquem se o alimento a ser importado não representa risco, mas sim que suas condições de biossegurança sejam garantidas.

O Fundo Nacional da Criação Suína de Porkcolombia implementará as seguintes ações:

  • Apoiar o início imediato da operação da brigada canina, para a fiscalização de bagagens nos aeroportos de Bogotá e Rionegro onde chegam os voos da República Dominicana.
  • Desenvolver em conjunto com o ICA a campanha de sensibilização da PSA para os atores da cadeia suína, que visa comunicar as características da doença de forma a notificar a presença de animais com sintomas clínicos compatíveis, a estratégia de prevenção, bem como a importância avaliação e reforço das medidas de biossegurança na propriedade.
  • Apoiar e colaborar na construção da Estratégia de Vigilância Epidemiológica da PSA e no fortalecimento da rede diagnóstica.
  • Fazer acompanhamento e monitoramento permanente dos compromissos assumidos pela autoridade veterinária .

Tanto Invima, ICA e Porkcolombia, indicaram que continuam a trabalhar para salvaguardar a saúde pública na Colômbia, avançando todas as medidas de prevenção e segurança que podem ser necessárias para prevenir a entrada da peste suína africana no país.

Surto de peste suína causado por homebreeding afeta províncias da República Dominicana

O alerta foi feito porque a República Dominicana sofre um surto de peste suína africana (PSA) que até agora foi detectado em suínos de 11 das 32 províncias do país, um produto da criação doméstica, do Ministério da Pecuária.

“Assim que as amostras foram enviadas para confirmação aos laboratórios de referência, 37 amostras positivas foram distribuídas em 11 províncias da República Dominicana”, disse Rafael Núñez, diretor de Saúde Animal da carteira.

Em entrevista coletiva, Núñez explicou que 389 amostras foram enviadas aos Estados Unidos para confirmar a presença do vírus em suínos no país caribenho, em sua maioria retiradas das províncias do norte e centro, bem como da capital Santo Domingo.

O governo dominicano não informou quantos suínos estão infectados entre os 2,2 milhões existentes na ilha.

Embora as autoridades investiguem a origem do surto, estimam com antecedência que a peste suína se espalhou pela criação de porcos no “quintal” dos quintais das casas. “O porco pula”, referindo-se ao contágio entre esses animais, “e a comercialização por baixo são feitas por porcos de quintal, que transportam os porcos de um lugar para outro”, disse.