Após mais de oito meses de um surto intenso de Peste Suína Africana (PSA) no estado indiano de Mizoram, autoridades locais começam a notar uma diminuição na taxa de mortalidade de suínos. Até o momento, o surto, que desde 9 de fevereiro impacta severamente os rebanhos suínos, levou à morte de 14.310 suínos e ao abate preventivo de outros 23.720 para conter a propagação da doença.
Apesar da queda nas mortes, o cenário permanece crítico. Segundo o Departamento de Pecuária e Veterinária de Mizoram (AHV), a PSA continua em expansão em alguns distritos, com agricultores relatando prejuízos estimados em 190 crore somente este ano. Desde que foi registrada pela primeira vez em Mizoram, na vila de Lungsen, em 2021, a PSA tem causado impacto contínuo, com mortes de mais de 33 mil suínos em 2021 e perdas subsequentes em 2022 e 2023. Estima-se que os produtores já tenham acumulado um prejuízo de quase Rs 850 crore desde o início dos surtos.
A PSA, embora não seja transmissível a humanos, possui alta taxa de mortalidade entre suínos e representa um grave risco econômico, especialmente nas regiões fronteiriças com Bangladesh e Mianmar. Em resposta, o governo proibiu o transporte e importação de suínos e produtos derivados das áreas infectadas e buscou apoio financeiro para compensar as perdas das famílias afetadas. A carne de porco é altamente valorizada na dieta local, com um mercado anual estimado entre Rs 8.000-10.000 crore no nordeste da Índia, onde Mizoram é uma das principais regiões consumidoras, impulsionando a importância de conter o avanço do vírus para evitar novas perdas econômicas e proteger o setor.
Fonte: The Hans India