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Sanidade - PSC

SC e RS devem ter 'selo' de livre de peste suína

O Brasil pode se tornar, a partir de maio de 2015, o primeiro país a ter zonas livres de peste suína clássica reconhecidas pela OIE.

SC e RS devem ter 'selo' de livre de peste suína

O Brasil pode se tornar, a partir de maio de 2015, o primeiro país a ter zonas livres de peste suína clássica reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Na prática, a doença já foi erradicada em 16 Estados brasileiros há 15 anos, mas por enquanto só Santa Catarina e Rio Grande do Sul, primeiro e segundo maiores produtores nacionais de carne suína, respectivamente, cumpriram os requisitos necessários para terem o “selo” da OIE.

Para que isso acontecesse, o Ministério da Agricultura exigiu que os dois Estados cumprissem padrões técnicos, como exames sorológicos em seus rebanhos e implantação de barreiras sanitárias fixas, além de documentações específicas. Essas medidas são exigências da OIE para a obtenção do reconhecimento de área livre. Santa Catarina e Rio Grande do Sul respondem por 44% da produção de suínos no Brasil.

“A partir do momento em que o mercado passa a exigir reconhecimento internacional da erradicação de uma doença, abre-se uma janela para mais exportações”, diz o presidente da Comissão Regional para as Américas da OIE, Guilherme Marques, do Ministério da Agricultura. “Mas a maior preocupação dos Estados é em não ter perdas econômicas coma doença.”

Marques afirma que os próximos Estados com condições para pleitear o certificado da OIE para seus rebanhos são Paraná, São Paulo e Minas Gerais, além de outros 11 Estados das regiões Sudeste e Nordeste. Hoje esses 14 Estados já são reconhecidos pelo Ministério da Agricultura como livre da doença com vacinação.

De acordo com ele, há quatro anos não há casos de peste suína clássica no Brasil. Os últimos focos da enfermidade foram identificados no Maranhão, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte.

O Paraná chegou a pleitear o pedido de certificado, junto com os catarinenses e gaúchos, mas não cumpriu a tempo as exigências do Ministério da Agricultura. Guilherme Marques explica que, como o Paraná faz divisa com Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, o governo precisou exigir a instalação de mais barreiras físicas.

Já Santa Catarina, único Estado livre de peste suína clássica sem vacinação, e Rio Grande do Sul, com o qual faz divisa, já são bastante protegidos por barreiras que evitam contaminação pela doença. E por isso largaram na frente na corrida pela obtenção do “selo” da OIE.