O presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Antonio Mendes, destacou em artigo publicado no boletim da entidade, os avanços registrados pelo Brasil no campo da defesa sanitária.
Apesar de fazer uma análise positiva, Mendes alerta que esse processo deveria ser mais ágil para manter, com tranqüilidade, o status brasileiro como referência mundial.
Acompanhe mais informações na íntegra do comunicado divulgado hoje (16/11).
No caminho certo, mas em baixa velocidade
Vemos com grande satisfação que a defesa sanitária brasileira tem caminhado a passos largos nos últimos anos. O Mapa e as secretarias estaduais têm demonstrado grande competência e promovido um forte trabalho neste quesito, habilitando e implantando novos laboratórios pelo País.
Um exemplo disto é a ampliação do Laboratório de Produção de Imunobiológicos do Instituto Biológico paulista. Iniciativa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, o novo espaço que será entregue no dia 23 de novembro reforçará o competente trabalho desenvolvido pelo Estado.
Outra excelente ação vem do Paraná, o Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti (CDME), em Curitiba (PR), que recentemente foi credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para as análises de salmonela, micoplasma, doença de Newcastle, influenza aviária e laringotraqueíte.
O Mapa conta hoje com uma rede de laboratórios com cerca de 800 unidades, entre credenciados, associados e do próprio Ministério, para análises para os segmentos animal e vegetal. Há necessidade, no entanto, de uma expansão ainda maior neste quadro, em especial, no que tange ao setor avícola.
Na última sexta-feira (13/11), o Secretário Adjunto da agricultura paulista, Antonio Júlio Junqueira de Queiroz, visitou a sede do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola do Instituto Biológico, em Descalvado (SP). Nós da UBA também participamos da visita a este centro que é dirigido pelo vice-presidente técnico científico da associação, Antônio
Guilherme Castro, e pudemos constatar a qualidade e o excelente trabalho que é desenvolvido naquela unidade, que está justamente pleiteando credenciamento junto ao ministério.
É preciso que os órgãos federais tornem mais ágeis este processo de credenciamento. O país caminha na direção certa, mas torna-se cada vez mais urgente o credenciamento de mais unidades para o setor avícola. Estes laboratórios são os alicerces de nossa sanidade. Nenhum país está livre de sofrer com eventos penosos à saúde da produção e, exatamente por isso se destaca aquele que detecta e erradica mais rapidamente. Só assim, poderemos manter com tranqüilidade nosso status como referencia mundial em sanidade avícola.
-Ariel Antonio Mendes – presidente da União Brasileira de Avicultura