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A importância da Flora Bacteriana nas aves

<p>Avicultura aumenta a incidência de problemas entéricos.</p>

Redação (17/01/07) – A incidência de problemas entéricos tem aumentado devido às restrições impostas no uso de antibióticos e de proteínas de origem animal em alimentos para aves, a fim de reduzir sua incidência sobre a produtividade se tem sugerido mudanças no manejo e modificações nutricionais.

Segundo Joram Saullu, Gerente de Produtos Endo Power Beta, sobre este assunto tem se recomendado estimular o desenvolvimento do trato gastrointestinal (TGI) nos primeiros estágios de vida, melhorar a digestibilidade dos nutrientes da dieta e modificar as condições físico-químicas do conteúdo intestinal para conseguir um crescimento equilibrado da flora intestinal. “As pesquisas mais promissoras a curto prazo têm sugerido a utilização de enzimas e a inclusão de grão de cereal inteiro na dieta. Outra área de interesse crescente é o estudo das interações entre a composição da dieta e a microflora dentro do TGI”, explicou.

De acordo com Saullu, é importante estudar a influência do processamento das dietas e seus ingredientes e a inclusão de aditivos naturais sobre a fisiologia digestiva e o desenvolvimento da microflora. “Temos visto avanços importantes sobre este assunto já que, por meio da saúde pública, existe uma grande preocupação sobre a resistência de certas bactérias aos antibióticos”, explica. Segundo ele, é onde se tem questionado sobre o uso de antimicrobianos em níveis baixos durante períodos prolongados para promover assim maior produtividade das aves, visto que seja de maneira preventiva ou como terapia, o controle das enfermidades mostra maior efetividade.

Na Europa, atualmente existe a tendência de não utilizar certos antibióticos como moduladores da flora bacteriana intestinal, e tem dado como resultado os quadros de enterites necróticas que tem cada dia mais aumentado e subseqüentemente dificultado o seu controle, além da síndrome de trânsito rápido e enterites sub-clínicas. Diante deste panorama, a investigação sobre produtos naturais, ácidos orgânicos, probióticos, prebióticos, simbióticos e imunoestimuladores tem cobrado mais importância nas pesquisas e sobre o qual se conduzem projetos sobre o comportamento da microflora do TGI.

Nutricionalmente, a flora bacteriana intestinal é responsável pela retenção de energia e nitrogênio, aumenta a absorção de vitaminas e minerais, ácidos graxos e glicose. “Em frangos de corte, o TGI é o órgão que necessita de maior aporte de nutrientes e recebe entre 23% e 36% do total de energia e entre 23% e 38% de toda a proteína absorvida pelo organismo”, explicou. “Quando temos uma enfermidade no TGI, então estamos afetando diretamente a eficácia e as necessidades de proteína e energia da ave. Qualquer ataque bacteriano ao TGI se acompanha de um processo inflamatório, o que provoca um alto custo de nutrientes”, disse.