Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) está realizando a sorologia em suínos de 36 propriedades na regional do Juruá (Foto: Flaviano Schneider) O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) está realizando a sorologia em suínos de 36 propriedades na regional do Juruá, 33 delas em Cruzeiro do Sul, duas em Mâncio Lima e uma em Porto Walter. Isso porque, conforme informa o gerente do Idaf em Cruzeiro do Sul, Marcos Pereira, o foverno do Estado solicitou ao Ministério da Agricultura a certificação do Acre como área livre da peste suína clássica, uma das mais perigosas doenças que podem atingir os rebanhos suínos. A ação do Idaf está acontecendo também nos demais municípios do Estado.
A presença da peste suína impede alguns países de exportar carne, especialmente para os mercados asiáticos, que são os maiores consumidores. Em relação ao rebanho bovino, o Acre tem o status de “livre de febre aftosa com vacinação”, e como signatário desse programa o Estado passa a ser signatário também dos outros programas nacionais de sanidade animal, entre eles o programa nacional de sanidade suína, que tem como principais ações o combate e a certificação, visando a erradicação da peste suína clássica no Brasil.
O Ministério da Agricultura fez uma seleção das propriedades cadastradas no Acre. Assim, os médicos veterinários estão fazendo a coleta do sangue e processando-o para tirar somente o soro, que será enviado para um laboratório de referência do Ministério da Agricultura, onde será constatada ou não a presença do vírus na região. Em caso negativo o Estado receberá a certificação. “Em breve teremos o primeiro frigorífico suíno e ovino no Acre e, se Deus quiser, ele vai começar com o pé direito com essa certificação” comentou Pereira.
Quase extinto
O vírus da peste suína está quase extinto no País, mas alguns Estados tiveram notificação nos últimos dez anos e por isso há necessidade de fazer esta certificação em laboratório para que o Acre tenha essa certificação tanto em nível nacional quanto internacional, que é feito através da Organização Mundial da Saúde.
Segundo o veterinário do IdafLucenildo Neri de Lima, a febre suína clássica apresenta uma sintomatologia nervosa e aparecem algumas lesões de pele e manchas avermelhadas no corpo do animal. “É uma doença crônica, por isso a coleta só é realizada em animais acima de seis meses de idade”, disse.
Ainda segundo o veterinário, se em alguma propriedade for identificada a peste suína, todo o Estado vai ter que passar a vacinar contra a peste. Ele conta que há um ano apareceram casos de peste suína em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e hoje o Estado está vacinando contra a doença. Em Rondônia está sendo feito o mesmo trabalho visando o status de livre da peste suína sem vacinação.