Da Redação 25/11/2005 – A Schering-Plough, terceira maior empresa do setor veterinário no país com participação de mercado de 8,7%, está investindo na ampliação de suas atividades no Brasil e inaugura neste mês uma fábrica de R$ 3,5 milhões para produtos para combate a parasitas (ectoparasiticidas) que antes eram importados.
Localizada no complexo industrial do grupo em Cotia (SP), a nova fábrica vai produzir entre 1,9 milhão e 2 milhões de unidades de medicamentos por mês. A produção responderá por 6% a 6,5% do faturamento total da empresa no Brasil.
Parte da produção será destinada à exportação para a América Latina, mas Fernando Vasconcelos Heiderich, diretor presidente da subsidiária brasileira, estima que no primeiro ano o volume embarcado não ultrapassará 10% da produção. A empresa também negocia o embarque de produtos para o Japão.
Hoje, 60% das vendas da Schering-Plough no Brasil são de produtos fabricados em Cotia, ou na unidade de Jacarepaguá (RJ), que fornece por mês 5 milhões de unidades. A empresa trabalha com 17 produtos no país e há projetos para lançamento de sete itens no próximo ano.
Em 2006, o grupo também inicia a comercialização de produtos para aqüicultura – setor ainda incipiente no Brasil. Heiderich diz que a empresa já solicitou registro provisório para alguns medicamentos voltados ao setor e a expectativa é entrar nesse mercado no início de 2006.
“A empresa visualiza o potencial de expansão da aqüicultura brasileira e essa área está sendo tratada como uma aposta para o futuro, já que a empresa visualizar”, diz Heiderich.
Ele estima que no primeiro ano de atividade, o segmento deverá responder por 2% a 3% do faturamento total no Brasil. No primeiro ano, as linhas serão importadas, mas a empresa já estuda produzir os medicamentos no país no ano seguinte.
O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) não tem dados sobre o mercado de aqüicultura. Segundo a entidade, parte dos produtos são vendidos como suplementos alimentares. Segundo o Sindirações (reúne as indústrias de ração animal), esse setor responde por 0,6% das vendas de rações no Brasil.
Em vacinas, a empresa também espera para 2006 crescimento de até 3% em volume. Neste ano, a Schering-Plough disponibilizou 70 milhões de doses. Heiderich observou que, por conta do surto de aftosa no Mato Grosso do Sul, alguns Estados adiantaram a vacinação, mas que no ano a procura cresceu muito pouco.
A expectativa inicial da empresa era fechar o ano com um crescimento de 14%, mas esse índice foi revisto para 6%, atingindo um faturamento líquido próximo a R$ 190 milhões.
Segundo Heiderich, no primeiro semestre a empresa cresceu 11% sobre igual período de 2004, mas a demanda por produtos para a pecuária bovina caiu no segundo semestre devido à crise nos preços da carne e à aftosa. Ainda assim, o Brasil consolidou-se como a segunda maior operação do grupo no mundo, com 9,3% da receita global, atrás dos EUA