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APPA promove reunião técnica para discutir prevenção contra Influenza

<p>Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina promoveu reunião hoje (02/03) para discutir prevenção contra Influenza.</p>

Redação (02/03/07) – A reunião técnica promovida nesta quinta-feira (01) pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) para tratar da gripe aviária e do gerenciamento de resíduos sólidos foi considerada pela sanitarista Vera Galessi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), como muito proveitosa, capaz de trazer resultados eficazes ao Porto de Paranaguá. "Vejo com muito bons olhos esta reunião porque integra representantes de diversos segmentos envolvidos, que ajudarão na elaboração de um plano bem real e eficaz", comentou a professora da Unifesp, entidade que recebeu a incumbência
do Ministérios dos Transportes de apoiar a operacionalização do Plano de
Contingência Específico para uma Pandemia de Influenza. 

O encontro, realizado na sede do Corpo de Bombeiros, em Paranaguá, reuniu técnicos dos escritórios regionais do ministério da Agricultura e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de representantes da Agência Nacional de Transportes Aqüaviários (Antaq), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Coordenação da Defesa Civil (estadual e local), Guarda Portuária, Capitania dos Portos, Corpo de Bombeiros do Litoral, Sindicato das Agências de Navegação, Sindicato dos Operadores Portuários e as secretarias municipais de Saúde e de Agricultura.

O Porto de Paranaguá (além de outros 10 portos brasileiros) estão incluídos no Plano, que busca a prevenção e o controle da gripe aviária no país. O plano foi definido pelo Grupo Executivo Interministerial, criado há dois anos e que integra os ministérios da Saúde, da Fazenda, do Planejamento, da Agricultura, da Integração Nacional, das Relações Exteriores e da Justiça, além da Casa Civil e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. "A importância do grupo gestor está na inclusão do Porto de Paranaguá no Plano, que busca a prevenção e o controle da gripe aviária no país. O terminal portuário paranaense foi escolhido para participar do Plano por dois principais motivos: tem uma das melhores localizações geográficas do Brasil e é o segundo maior

porto do país em volume de mercadorias movimentadas", explicou a integrante do Grupo Setorial de Gestão Ambiental Mar e Terra (Gamar), da Appa, a oceanógrafa Noelle Saborido.

A expectativa é que até o final de março, sejam visitados os portos
incluídos no Plano Nacional. Até lá, deverão ser finalizados os planos de
contingência específicos e, depois disso, haverá apenas um  monitoramento e acompanhamento da equipe da Unifesp junto aos portos. "Contaremos com um comitê local que apresentará o projeto técnico do porto para ser incluído no plano nacional, conforme suas especificações e necessidades", explicou Noelle Saborido.

O Tenente Pinheiro, do Corpo de Bombeiros, disse que a reunião de esforços para evitar a chegada do vírus ao país e poder trabalhar na prevenção do doença mostra sintonia entre todos os setores envolvidos. "É importante termos esse diferencial de estarmos nos prevenindo contra essa doença. Avaliando do aspecto comercial, porque o país recebe reflexos em virtude da doença, o porto de Paranaguá sai na frente e serve de exemplo para o país".

Preocupação  Segundo Vera Galessi, o mundo vive atualmente a ameaça de uma nova pandemia. Depois da Gripe Espanhola, que matou 40 milhões de pessoas em 1918 e das gripes Asiática, em 1957, e de Hong Kong, em 1968, quando morreram mais de 2 milhões de pessoas, o mundo pode se deparar com um novo risco à saúde humana. Já foram notificados mais de 275 casos de gripe aviária no mundo. Deste
total, mais de 60% das pessoas morreram. A maior incidência da doença está na Indonésia. "Os ministérios e instituições do governo federal elaboraram um plano de contigência diante dessa ameaça. Nos locais onde há grande circulação de pessoas, há possibilidade maior de entrada de vírus, como é o caso de portos, aeroportos e fronteiras. Sabemos que nos países desenvolvidos as atividades de vigilância sanitária e epidemiológica têm conseguido deter a transmissão de muitas doenças e vários surtos. Portanto, isso é mais um motivo para nos prepararmos para isso. Não podemos pecar pela omissão", considerou Galessi. As
informações partem da Assessoria de Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina.