Redação (05/04/07) – As micotoxinas compreendem um conjunto complexo de substâncias tóxicas, produzidas por fungos, diferenciando-se das toxinas bacterianas por não serem de natureza protéica e nem imunogênicas.
Os sintomas clínicos apresentados pelas aves estão diretamente relacionados a quantidade e tipo de toxina ingerida, tempo de exposição, estado nutricional e composição da dieta.
Enormes prejuízos econômicos são decorrentes da utilização de alimentos contaminados por estas substâncias tóxicas. Quando não provocam a morte da ave em processos de intoxicação aguda, as micotoxinas determinam diminuição de peso, diminuição de postura, aumento da conversão alimentar, alteram a qualidade da casca dos ovos, aumentam da suscetibilidade as doenças infecciosas e parasitárias e etc.
As principais condições que favorecem o desenvolvimento de fungos no armazenamento são: temperatura (ótima 25-30o C), umidade dos grãos (maior que 13,0%), pH, taxa de oxigenação, período de armazenamento, grau de contaminação, condições físicas dos grãos ou sementes, etc.
Sob condições favoráveis de temperatura e umidade, os esporos dos fungos germinam, formam hifas e ao desenvolverem seu micélio sobre a superfície dos grãos produzem pelo menos três situações desfavoráveis ao criador:
1) Redução do valor nutritivo do alimento por utilizar parte dos nutrientes para seu próprio crescimento.
2) Maior risco de ocorrência de infecções pulmonares nas aves por fungos patogênicos.
3) Sendo toxígenos como é o caso do A flavus, A ochraceus , Fusarium moliniforme, diversas micotoxinas podem surgir como contaminantes, provocando graves problemas de intoxicação aguda ou crônica, no plantel avícola.