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Aves do DF não estão com New Castle

Um laudo do Lara confirmou a negativa de contaminação por New Castle em frangos no Distrito Federal.

Redação AI 23/08/2001 10:57 – Um laudo do Laboratório Regional de Apoio Animal (Lara), de Campinas (SP), divulgado ontem (22), mostra que as aves do Distrito Federal não estão contaminadas por New Castle. Desde o último dia 3, a região estava em estado de emergência sanitária frente à suspeita de contaminação de aves no assentamento rural 26 de Setembro, em Taguatinga, formado por agricultores familiares. Nesse período, 173 animais foram sacrificados.

A negativa só foi comprovada após a terceira análise e, segundo o laudo, não é necessário novo exame. Agora, os técnicos da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do DF querem descobrir que doença acometeu as galinhas. No início do mês, o produtor rural João Henrique de Paiva verificou a mortandade de animais e solicitou apoio aos veterinários do governo.

As galinhas doentes não tinham certificação de procedência. “É importante não comprar animal algum sem procedência porque, em caso de doença, se não for decretado estado de emergência, o produtor perde todo o rebanho, sem ser ressarcido”, afirma Roberto Bemfica Rubin, diretor de Inspeção e Defesa Agropecuária da secretaria.

Como as aves apresentavam sintomas semelhantes à New Castle, com distúrbios nervosos (rodopiavam e cambaleavam), os técnicos da secretaria optaram pela decretação de emergência sanitária. O procedimento é necessário porque desde o início do ano as regiões Centro-Oeste, Sul e parte do Sudeste são consideradas zonas livres da doença, que é uma barreira comercial. A área abriga 87,4% do plantel de pintos de corte do Brasil.

No Distrito Federal, a avicultura é a principal atividade econômica, com um rebanho de 11 milhões de animais. Há mais de 10 anos a região não registrava contaminação. “É importante salientar que a área suspeita é formada por pequenas propriedades, com criação para consumo próprio, nunca houve suspeita no rebanho comercial”, afirma o secretário Aguinaldo Lélis.

Com a decretação da emergência, a região a três quilômetros do local suspeito teve impedida a comercialização de ovos e aves e vacinadas as aves – 7 mil animais em 200 propriedades. Além disso, todos os animais da propriedade onde havia o foco tiveram que ser sacrificados. O proprietário das aves foi ressarcido pelo Fundo Emergencial de Sanidade Animal (Fesa), recebendo a quantia de R$ 976 pelos animais sacrificados. Com a eliminação da hipótese de contaminação por new castle, o avicultor pode voltar a criar os animais.

A New Castle é causada por vírus, sendo disseminada por intermédio do ar, por isso é comparada à aftosa, que ataca os bovinos. Quando o surto da doença é grave, pode provocar a morte de todo o plantel em até quatro dias. A prevenção para a enfermidade é a vacinação, que deve ser aplicada entre o 7 e 12 dia de vida da ave e a segunda, aos 35 dias. Uma terceira dose deve ser aplicada aos frangos destinados à postura.