Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Avicultores querem criar fundo sanitário

<p>O setor avícola nacional vai criar um fundo financeiro de apoio aos produtores no caso de ocorrência de doenças como a gripe aviária.</p>

Redação AI 10/01/2005 – A proposta da criação do fundo será discutida na próxima reunião da União Brasileira de Avicultura (UBA), prevista para a próxima semana, e a idéia é implantar o projeto imediatamente, segundo Domingos Martins, presidente do Sindicato e Associação dos Abatedouros e Produtores AvÍcolas do Paraná (Sindiavipar). Segundo ele, cada avicultor vai passar a contribuir com um percentual para o fundo, que será administrado pela UBA em parceria com associações regionais do setor.

Na reunião, será definido o percentual da contribuição, que será direcionada para produtores que registrem doenças enquadradas na categoria A, como a influenza aviária e a newcastle. A intenção é proteger principalmente os donos de avós e matrizes. A meta é dar apoio aos produtores em caso de medidas sanitárias drásticas, como sacrifício de animais.

“Hoje é praticamente zero a chance de haver casos de gripe aviária no Brasil”, garante Martins. “Mas os avicultores estão desprotegidos. Além disso, a iniciativa mostra ao importador que o setor é organizado”, diz ele, que prevê um crescimento de 15% na produção em 2005.
Martins não soube dizer quanto dinheiro o setor poderá levantar para compor o caixa do fundo.

O Brasil é o maior exportador mundial e segundo maior produtor de carne de frango, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo dados divulgados pela UBA, a produção cresceu 8% em 2004, totalizando 8,5 milhões de toneladas, e as exportações somaram US$ 2,5 bilhões. À lista de 132 países compradores do frango nacional devem se somar outros 15 destinos em 2005, com destaque para a China, diz Martins.

Rastreabilidade

Outro projeto que deve ganhar fôlego em 2005 é a criação de um programa nacional de rastreabilidade do frango. O Paraná, maior produtor – responsável por 27% do total – lançou o projeto no final do ano passado em parceria com a secretaria de agricultura estadual. Até então, o controle era feito com base nos dados encaminhados pelas empresas abatedoras.

“Os dados de todos os abatedouros e integrados passam a ser compartilhados e ficarão à disposição do mercado internacional, o que demonstra total transparência nas relações comerciais”, afirma Martins.