Redação AI 19/01/2004 – 05h00 – Desde os primeiros indícios de ocorrência da chamada gripe do frango, detectada em países asiáticos como Coréia do Sul, Japão, Vietnã e Tailândia, os produtores de aves e as autoridades sanitárias e agrícolas brasileiras vêm tomando uma série de medidas para evitar que a doença entre no Brasil.
Uma das principais foi o estabelecimento de uma quarentena de 72 horas para pessoas vindas da Ásia estrangeiros ou mesmo brasileiros em missões externas com a proibição de que visitem granjas, abatedouros ou incubadoras nesse período. A informação foi divulgada pelo vice-presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Mendes.
Segundo ele, a orientação é receber em hotéis ou mesmo escritórios as pessoas vindas de países asiáticos. Nunca se deve levá-las de imediato em instalações onde tenham aves vivas. O alerta é necessário, lembra Mendes que é professor titular da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) porque a avicultura brasileira possui um alto padrão técnico, que atrai muitas visitas de especialistas estrangeiros, vindos principalmente da região mais afetada pela gripe do frango.
A partir da ocorrência da doença no Chile, em 2001, o Ministério da Agricultura decidiu reforçar a segurança nas fronteiras, em portos e aeroportos, além de adotar uma série de restrições na importação de material genético de aves para corte e para cultura. O Brasil também está monitorando a migração de aves para o País.
“Geralmente as aves partem dos Estados Unidos e do Canadá utilizando duas rotas para chegar ao Brasil: uma pelo litoral, chegando ao Rio Grande do Norte, e outra pelo interior passando pelos estados do Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina, área de grande concentração de produtores de aves, o que preocupa as autoridades brasileiras”, ressalta Ariel Mendes.
Pesquisadores ainda não confirmaram se os seres humanos que contraíram a doença realmente foram contaminados por animais.
“No caso de Hong Kong, l8 pessoas contraíram a doença, seis delas morreram, mas nenhuma tinha contato direto com as aves. Outras pessoas que cuidavam de granjas não foram afetadas pela doença”, lembrou Mendes.
Com informações da Agência Brasil.