Redação SI (09/03/06)- A brucelose é uma doença contagiosa causada por uma bactéria e ataca, além dos bovinos, cabras, ovelhas, suínos e, inclusive, as pessoas que trabalham na propriedade. A doença não tem tratamento nem cura e o animal doente deve ser eliminado. No Estado existe o Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose desde 2001.
Em dezembro do ano passado, diversos produtores participaram, no Sindicato Rural de Pato Branco, de uma palestra técnica sobre as normas e esclarecimentos sobre o programa, uma vez que, com a instrução normativa 51, cada produtor é obrigado a realizar o exame de detecção das doenças e aplicar a vacina B-19 contra brucelose bovina, que é obrigatória e uma única dose protege a fêmea por toda sua vida útil.
A partir da realização dos exames foram descobertos diversos casos da doença e mais de 50 animais já foram sacrificados entre nos 15 municípios da microrregião, segundo o responsável pelo Serviço de Inspeção Estadual dos Produtos de Origens Animal (Sip/Poa) e pela coordenadoria regional de Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab) de Pato Branco, Darci Lucini. “Felizmente o número ficou abaixo da estimativa esperada para a região. Achava-se que teríamos em torno de 1% do gado com a doença, mas até agora registramos, 0,5%. Na grande maioria das propriedades foi encontrado apenas um animal doente”, relatou. A exceção foi uma fazenda em Chopinzinho, onde 25 animais foram abatidos. Em Pato Branco foram seis casos e em Mangueirinha, cinco.
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Lucini disse que se observou uma predominância na manifestação de tuberculose no gado de leite e de brucelose, no gado de corte. “O sistema criatório e o contato com as pessoas e com o ambiente podem determinar isso”, enfatizou, completando que como a maioria do gado leiteiro passa por inseminação artificial, é pouco comum acontecer contaminação por brucelose.
