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CE autoriza duas vacinas contra a gripe aviária para animais

<p>Medicamentos são aplicados através de injeções em frangos e patos.</p>

Redação AI (11/09/06)- A Comissão Européia (CE, órgão executivo da União Européia) autorizou nesta segunda, dia 11, a utilização nos países do bloco europeu de dois tipos de vacina para proteger aves contra os vírus da gripe aviária.

As duas vacinas a “Nobilis influenza H5N2” (para frangos) e a “Poulvac flufend H5N3” (para frangos e patos) são aplicadas através de injeções, e reduzem a mortalidade e a excreção do vírus nos animais expostos à infecção, afirmou a CE em comunicado.

A decisão permitirá o uso das duas vacinas na União Européia (UE) durante o outono e o inverno, ou seja, no período de maior risco de epidemia da gripe aviária. Por enquanto não há novos focos da doença em aves domésticas ou silvestres da UE, mas o risco aumentará nas próximas semanas, porque começa a migração outonal do norte para o sul.

Devido ao atual risco de reaparecimento da gripe aviária na próxima estação migratória, a CE considera apropriado autorizar estas vacinas sob circunstâncias excepcionais disse o comissário de Empresas e Indústrias europeu e vice-presidente da CE, Günter Verheugen.

O uso das duas vacinas será permitido apenas às autoridades competentes dos países da UE, dentro das campanhas realizadas de acordo com a norma do bloco para controlar a gripe aviária. Segundo a legislação, os países interessados devem enviar um plano de vacinação à CE.

Bruxelas já autorizou Itália, França, Holanda e, recentemente, Alemanha a vacinar suas aves contra a gripe aviária. A CE ressaltou a conveniência de controlar a gripe aviária em animais, também para reduzir a probabilidade de uma pandemia devido ao contágio da doença a humanos.

O comitê de remédios para uso veterinário da Agência Européia do Remédio recomendou, em relatório científico, que as duas vacinas sejam autorizadas “sob circunstâncias excepcionais” e “sob obrigações específicas que serão revisadas anualmente”.

O objetivo desses requisitos é dar garantias adicionais sobre os produtos e assegurar que a empresa farmacêutica terá um programa de vigilância em andamento, para informar, por exemplo, sobre reações à vacinação. A agência concluiu que os benefícios da autorização imediata da vacina para o período de outono e inverno são mais importantes que os riscos potenciais das duas vacinas.