Mais de 2,2 milhões de bois e búfalos criados em propriedades rurais cearenses devem receber a vacina contra a febre aftosa em novembro. É a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação 2010, que acontece simultaneamente em 20 estados e no Distrito Federal. Na primeira fase, em maio, o estado vacinou 88% dos animais.
“É necessário ampliar a cobertura porque, caso o vírus da doença volte a circular no país, o rebanho estará todo protegido. Além disso, a vacinação é um requisito básico para que a classificação do estado com relação à febre aftosa seja reavaliada”, explica o responsável pelo Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa no Ceará, Vicente Feitosa. Há um ano, o Ceará deixou de ser área de alto risco para a doença e passou para zona de risco médio. (Veja o mapa).
Para divulgar a campanha, a Agência de Defesa Agropecuária do estado (Adagri) realiza palestras educativas com os produtores. Além disso, as ações foram intensificadas na região do Cariri e de Crato, que fazem divisa com Pernambuco. “Apesar de o estado vizinho ter a mesma classificação do Ceará, o cuidado nessa área é maior porque lá a vacinação lá foi um mês antes, em outubro”, detalha Feitosa.
O Ceará tem 226,3 mil propriedades rurais cadastradas com criação de gado. Para atender aos pecuaristas que necessitem de assistência, 189 técnicos e veterinários estão envolvidos na campanha e contam com mais de 200 veículos. O responsável pelos animais deve entregar o comprovante da vacinação até 15 de dezembro em um Escritório de Atendimento à Comunidade, na Emater/CE ou nas Unidades Locais de Atendimento, que somam 249 postos em todo o estado.
Produção – O rebanho cearense destinado a corte se destaca nos municípios de Santana do Cariri, Potengi, Carnaubal, Ibiapina, Guaraciaba e São Benedito. A bacia leiteira se concentra em Quixeramobim, Jaguaribe, Crato, Iguatu e Milhã.