Circovirose Suína

2- O que provoca a doença?

R: É causada por um vírus,  o circovírus suíno o PCV tipo 2., da família Circoviridae, um dos menores organismos(vírus) que acometem animais domésticos no mundo,  é altamente contagioso, resistente ao ambiente e praticamente imune à maioria dos desinfetantes convencionais. . No Brasil o primeiro diagnóstico foi feito em 2000, pela EMBRAPA/CNPSA, em SC.

 

3- Quais são os sintomas da doença?

R:  Essa doença atinge principalmente suínos após o desmame, a partir das 6 semanas de vida e clinicamente se observa retardo no crescimento, anemia e icterícia, podendo evoluir para a morte.esta doença é também conhecida pelo nome de “Síndrome da Refugagem”ou Síndrome multisistêmica do definhamento do leitão desmamado “PMWS” (postweaning multisystemic wasting syndrome), pelo fato dos animais cometidos ou morrem ou ficam pequenos e fora do padrão de peso para a idade ,devido ao ataque de varias bactérias oportunistas,tornando o suíno acometido um doente crônico.

O quadro clínico se caracterizar por dermatite e nefropatia, distúrbios reprodutivos como abortos e, pneumonias, enterites, doenças do sistema nervoso tais como meningoencefalite e tremores congênitos. 

 

4- O que acontece com o animal acometido? ela pode levar à morte? se causa a morte, em quanto tempo o animal pode morrer?

R: Respondido na questão anterior, o animal pode morrer dentro de um período variável,depende da doença oportunista que o acometer ,embora não seja uma doença muito letal (entre 6% e 8% dos animais infectados chegam a morrer) ela, provoca verdadeira revolução na compreensão  do funcionamento do sistema imunológico dos suínos.

 

5 – Como prevenir a circovirose suína?

R: O controle pode ser realizado com a observação dos postulados de Madec, conjunto de medidas de biossegurança para diminuir a persistência do vírus e estimular a resposta imunológica dos animais. Além disso, podem ser usados suplementos nutricionais nutracêuticos, antibióticos bactericidas:

 

1- Limitar o contato suíno a suíno;

a.       Evitar Propagação da doença

b.       Evitar contato nariz x nariz entre baias

c.        Não misturar leitegadas diferentes na maternidade

d.       Evitar misturas pós desmame

e.       Remover os animais doentes para baias separadas

2-       Estresse deve ser evitado;

a.       Evitar mistura de lotes

b.       Reduzir densidade de animais / baia

c.        Livre acesso à bebedouros e comedouros

d.       Temperatura ambiente controlada

e.       Ventilação controlada

f.         Eliminar manejos traumáticos

g.       Realizar as vacinações corretamente

3-       Boa higiene;

a.       Usar o sistema all in / all out (todos dentro / todos fora)

b.       Desinfetar as instalações

c.       Desinfetante com boa eficácia contra vírus

d.       Promover uma rigorosa limpeza da granja

e.       Cuidar da desinfecção de seringas, agulhas, tesouras, etc.

f.        Eliminar os animais mortos

g.       Fazer vazio sanitário correto

h.       Evite trânsito de pessoas entre galpões

i.         Visitas proibidas

j.         Limitar acesso de veículos à granja

k.        Controle de ratos, pássaros e insetos (moscas);

l.         Usar desinfetantes na entrada da granja e galpões

 

4-       Boa nutrição;

a.       É importante na formação de anticorpos

b.       Leitões ter acesso ao colostro

c.        Rações de qualidade comprovada

d.       Bons níveis nutricionais

e.        Uso na Ração de Minerais orgânicos

f.         Ingredientes na Ração de boa digestibilidade

g.       Uso de antioxidantes e Ácidos Orgânicos na controlada

h.       Controlar as  MICOTOXINAS na Ração 

 

6- Há tratamento para a circovirose suína? qual? é caro o tratamento?

R: Não existe tratamento para a Circovirose. Os tratamentos são feitos para combater as infecções secundárias.

A vacinação das matrizes confere imunidade aos leitões, via colostro. As marrãs(Porcas primíparas) devem ser imunizadas antes do acasalamento ou inseminação, com dose de reforço no primeiro parto e a cada parição, recomendação também válida para matrizes.

Está sendo lançado no Brasil a primeira vacina comercial desenvolvida contra a circovirose suína, a qual já demonstrou eficácia em mais de 80 milhões de leitões vacinados no Canadá e na Europa A Circovac, fabricada pela Merial Saúde Animal, existe também as vacinas autógenas, produzidas por laboratórios particulares a partir de amostras virais coletadas na própria granja.Embora a regras de Manejo citadas na questão anterior devem ser realizadas para um maior sucesso no controle desta doença dos suínos

 

7- Há alguma época do ano em que a doença ataca mais?

R:Não tem época de predileção, embora haja maior incidência na época do frio,pelo estreito contato entre os suínos para se aquecerem.

 

8- É uma doença comum no país e no estado de São Paulo?

R:Nos dias de hoje está difundida pelo país principalmente nos Estados do Sul,mas existe nos Plantéis de suínos do Estado de São Paulo,embora em menor prevalência

 

9 – Quais são os prejuízos para os suinocultores decorrentes da doença? os prejuízos para os suinocultores são grandes com a circovirose? há dados sobre os prejuízos?

R:No Brasil, ainda não há estimativas confiáveis sobre o impacto da doença. Mas é uma realidade  para integradores, sanitaristas, técnicos e suinocultores das principais regiões produtoras  do pais ,que a doença se espalha pelos plantéis de suínos, causando bastante prejuízos

 

10 – A Circovirose Suína traz algum risco para o ser humano?

R:Não, A doença não é uma zoonose(não é transmitida para o ser humano). É uma doença imunossupressora, que debilita o sistema de imunológico apenas do Suíno, não existe risco algum para o ser humano,nem no contato com o suíno e nem consumindo a sua carne,que por sinal é a carne mais consumida mundialmente e uma das mais saborosas.