Redação (07/12/06) – Nos próximos dias 11, 12 e 13 de dezembro técnicos do Mapa e do Instituto de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Norte farão colheita de amostras de aves de fundo de quintal, no sítio de Galinhos, distante 160 km de Natal. A ação faz parte do Plano de Monitoramento de Influenza Aviária em Aves Migratórias e Silvestres no Brasil. Ele prevê a captura e o monitoramento das aves em 18 sítios de migração existentes no país, nas populações avícolas comerciais ou de subsistência, incluindo zoológicos e parques urbanos localizados em um raio de 10 km ao redor dos sítios das aves.
Também será realizada uma campanha junto à população com palestras de educação sanitária sobre gripe aviária e distribuição de cartazes e folders nos municípios abrangidos pelos sítios selecionados.
O Coordenador de Sanidade Avícola da Secretaria de Defesa Agropecuária, Marcelo Mota, disse que “o país se encontra em um período de normalidade sanitária, com relação à Influenza Aviária e o plano prevê ações de prevenção para evitar que a doença chegue ao território nacional”.
De acordo com Mota, o monitoramento das aves migratórias e silvestres já foi realizado no estado do Pará, na primeira quinzena de outubro, nos sítios de Marajó, Breves, São Sebastião e Boa Vista. Faltam, ainda executar as ações nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Maranhão e a Bahia.
Foram selecionados prioritariamente sete sítios. No estado do Pará, os municípios de Vigia, São Caetano de Odivelas, Breves e São Sebastião da Boa Vista; em Santa Catarina, as cidades de Itajaí e Brusque; no Rio Grande do Sul a Lagoa do Peixe, no município de Tavares; no Rio Grande do Norte, o município de Galinhos; em Pernambuco a Ilha da Coroa do Avião, no município de Igarassu; no Maranhão a Baía de São Marcos, no município de São José Ribamar e no estado da Bahia, o sítio de Cacha Pregos, na Ilha de Itamaracá.
A seleção dos sítios obedeceu aos seguintes critérios: concentração de aves migratórias e silvestres e constatação em investigação anterior da presença do vírus de Influenza Aviária de baixa patogenicidade; alta densidade de aves aquáticas silvestres ou domésticas, próxima à concentração humana, com a criação de aves comercial e de subsistência; áreas de concentração e ou reprodução de aves migratórias em regiões continentais ou com até 30 km da costa, sem informação epidemiológica associada à densidade humana e de criação de aves.
O monitoramento se realizará primeiramente nestes sete sítios, se estendendo aos demais, com a colheita de amostras de “swab” (suabe) oral e cloacal, bem como sangue de todas as aves capturadas. Todo o material coletado será acondicionado em tanques de nitrogênio e transportado para o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Campinas/SP, seguindo as normas internacionais e de biossegurança.
As equipes de campo são compostas pelos ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, complementadas por técnicos estaduais da área de saúde animal e por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da Universidade do Vale do Itajaí/SC. Os trabalhos no campo irão até junho de 2007, quando encerra o período migratório das aves.