Controle de salmonelas

Redação AI 12/08/2004 – 06h52 – O controle de salmonelas na indústria avícola é multifatorial e deve iniciar na granja para evitar a introdução da bactéria na linha de produção e conseqüentemente nos produtos avícolas que chegam ao consumidor. Boas práticas de produção baseadas na Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle, vacinação, probióticos e prebióticos ou sinbióticos e antimicrobianos têm sido usadas quando a infecção por salmonelas é de ocorrência provável.

“Entretanto, o uso de antibióticos tem sido restringido pelas preocupações quanto a possibilidade de veiculação de resíduos na carne e da seleção de bactérias resistentes aos antibióticos”- explica o pesquisador Laurimar Fiorentin, área de bacteriologia avícola da Embrapa Suínos e Aves, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com sede em Concórdia, Santa Catarina.

Fiorentin participa no dia 19 de agosto do IV Simpósio de Sanidade Avícola da Universidade Federal de Santa Maria, RS, onde deverá palestrar sobre o tema “Bacteriófagos como alternativa no controle de salmonelas”.

Bacteriófagos são vírus que possuem bactérias como hospedeiro e podem ser um fator de grande importância no controle de salmonelas de forma multifatorial. Esses organismos representam uma alternativa barata, não tóxica e que poderá ser usada em conjunto com outras medidas. Segundo o pesquisador, pesquisas preliminares desenvolvidas na Embrapa Suínos e Aves têm demonstrado que o princípio do uso dos bacteriófagos pela via oral pode ser viável no controle de salmonelas em aves.