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Diretor da OIE vê risco mínimo de Influenza Aviária no Brasil

<p>Dugas avaliou que o Plano de Prevenção à doença adotado em território nacional é muito bom.</p>

Redação AI (11/05/06)- O diretor da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Raymond Dugas, palestrante dessa quarta-feira (10) no IV Enipec e XXXIII Conbravet, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá/MT, vê risco mínimo de entrada da influenza aviária no Brasil.
Dugas avaliou de muito bom o plano de prevenção à doença adotado em território nacional, enfatizando que o país tem feito esforços reais para manter a confiança do consumidor sobre o sistema de vigilância sanitária.

Mestre em veterinária preventiva e em epidemiologia, o canadense do primeirão escalão da OIE, abriu sua palestra dizendo que lamentavelmente a imagem da Organização ainda está limitada à medicina veterinária, mas que o surgimento da influenza aviária está mudando esse paradigma.

Tradicionalmente temos uma visão limitada da medicina veterinária. O novo paradigma é entender que tudo está interligado, que exige esforços de todos os grupos, incluindo os produtores que são fundamentais nesse processo.

Dugas admitiu que a influenza aviária está preocupando o mundo e que a OIE, em conjunto com a FAO e com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estão procurando baixar esse risco controlando a doença na sua fonte animal. Para isso, temos que recorrer a veterinários e produtores, essenciais nesse processo, enfatizou.

Conforme o especialista, a Ásia e a África são os países que mais preocupam a OIE no momento, uma vez que os serviços veterinários não estão bem preparados para enfrentar o problema. Ressalta que a comunidade internacional está mobilizada para ajudar, mas que ainda assim a situação é preocupante.

Na África, é difícil de evitar o contato entre aves silvestres e aves domésticas. A chave da questão está em evitar esse contado, reconheceu.

Dugas falou sobre os esforços dos organismos internacionais no combate à doenças e foi enfático quanto aos critérios de notificação imediata de enfermidades. Informou que ainda na semana passada a OIE inaugurou um sistema de informações online com vistas a agilizar processos, o qual permitirá informar o status sanitário de um país em tempo real, dentro da maior brevidade possível.

É obrigação dos países declararem o foco de uma determinada doença de imediato, em 24h. A entrada em vigor desse novo sistema será fundamental nesse processo, observou o diretor da OIE.

Na sua opinião, os serviços veterinários tem que ser fortalecidos, sobretudo em paises em desenvolvimento. Grande parte desses países não está preparada para controlar a pandemia. Daí, a necessidade urgente de fortalecimento dos serviços sanitários, para controlar e identificar enfermidades, enfatizou.

O canadense informou que no próximo dia 21 (domingo), Paris será sede de reunião mundial sobre o código zoosanitário para animais terrestres e aquáticos, da qual devem participar delegações de 157 países membros da OIE, inclusive o Brasil.

Será uma oportunidade de analisar propostas de todos os países para que o código zoosanitário seja melhor adaptado ao mundo moderno, a todas as mudanças que estamos vivendo, antecipou.