Redação AI 08/03/2004 – 05h13 – Os reflexos de uma possível entrada da influenza aviária (conhecida como gripe do frango) no Brasil geraria perdas significativas ao país e seus produtores. A conclusão é da União Brasileira de Avicultura (UBA). De acordo com a entidade, o país precisa intensificar as ações de controle da doença.
Segundo a UBA, o país poderia ficar de seis a oito meses impedido de exportar, no caso de aves as brasileiras serem contaminadas. No mercado interno, o reflexo seria a redução do consumo e o aumento da oferta devido à queda das exportações e recuo no consumo.
Para o diretor-executivo da UBA, Clóvis Pulperi, a iniciativa privada e o governo estão tomando as medias necessárias para evitar a entrada do vírus, mas é necessário cuidado.
“É um custo com que não podemos arcar. Então é melhor tomar as medidas”, afirmou.
As medidas de controle foram discutidas nesta sexta-feira, dia 5, por técnicos do governo e da iniciativa privada reunidos em Campinas (SP).
“Temos de investir no controle migratória das aves, por meio da realização de testes de sorologia dessas aves”, disse Pulperi.
Outra medida é evitar o contato das aves industriais com as aves migratórias. Isto porque essas aves podem transmitir o vírus.
“É necessário também intensificar o controle nos aeroportos e melhorar o cadastro das granjas”, reforçou o especialista. Os técnicos também discutiram a necessidade de habilitar e credenciar mais laboratórios capazes de realizar o exame sorológico. Atualmente, somente dois laboratórios brasileiros estão aptos a faze-lo.
Em 2003, o Brasil exportou em 2003 cerca de US$ 2 bilhões em produtos avícolas e alcançou o maior valor mundial em exportações. A produção de aves representa 2% do Produto Interno Bruto (PIB), e 25% da produção é destinada ao Exterior.