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Enzimas e o avanço no processo nutricional na avicultura

<p>Especialista da UFL/MG falará sobre enzimas e digestibilidade das rações em aves com apoio da Uniquímica.</p>

Redação (14/02/07) – O processo nutricional avícola passa sistematicamente por uma evolução. O professor da Universidade Federal de Lavras (UFL/MG), Antônio Gilberto Bertechini, por exemplo, diz que a adição de enzimas exógenas às rações de aves, de maneira geral, tem resultado em benefícios na digestibilidade, principalmente, de complexos que normalmente não são utilizados pelo trato digestório das aves. “Substratos com esta conotação são encontrados tradicionalmente em ingredientes alternativos como cevada, centeio, entre outros, porém, não representam valores significativos de usos no contexto geral das rações brasileiras. As rações à base de milho e farelo de soja dominam as formulações no Brasil”, explica. “Assim, o conhecimento específico destes dois ingredientes é de fundamental importância para entender os efeitos das várias enzimas que possuem ação na digestibilidade de frações normalmente indigestíveis encontradas nos mesmos”, diz o professor que apresentará palestra no próximo mês sobre o assunto com o patrocínio da Uniquímica.

Apesar de a digestibilidade de nutrientes do milho e do farelo de soja ser considerada alta, mesmo assim, uma parte significativa deixa de ser aproveitada, ou mesmo, tem efeito antinutricional em toda a fisiologia digestiva das aves.

De acordo com Bertechini, o milho é considerado um cereal uniforme, porém, com os avanços da biotecnologia, modificou-se suas características ligadas a sua composição e textura. Os milhos de mais alta produção normalmente contêm menor teor protéico, haja vista a correlação inversa produção versus proteína no grão. “O amido é o principal carboidrato de reserva do grão de milho sendo também a principal fonte de energia do cereal. Apesar de o amido ser considerado um composto homogêneo, pode variar consideravelmente em sua composição em amilose e amilopectina. O conteúdo de amilose aumenta com a idade e tamanho do grânulo de amido. Normalmente os milhos com maiores teores de amilopectina, possuem a fração amido mais hidrossolúvel e com melhor facilidade de digestão”, explica.