Redação AI (30/08/06)- O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou hoje (30/08) que a investigação epidemiológica realizada nos estabelecimentos comerciais e nas propriedades de subsistência existentes na zona de proteção e vigilância do município de Vale Real, no Rio Grande do Sul, não detectou aves com sinais clínicos compatíveis a doença de Newcastle. Resultados de exames sorológicos enviados pelo Laboratório Nacional Agropecuário de São Paulo (Lanagro/SP) apresentaram resultados negativos para a doença.
De acordo com nota técnica divulgada pelo Departamento de Saúde Animal (DSA), no dia 28 de julho foram introduzidos animais sentinelas (50 aves com 14 semanas de idade), após realização do processo de desinfecção na propriedade onde ocorreu o foco. Amostras de soros, suabes e órgãos foram colhidas pelo serviço oficial nos dias 28 de julho, 4 de agosto e 18 de agosto, para realização de exames sorológico e virológico.
O objetivo foi avaliar as ações de saneamento implementadas na área, antes do repovoamento da propriedade. No dia 24 de agosto, o Laboratório Nacional Agropecuário de São Paulo (Lanagro/SP) encaminhou ao DSA laudos diagnósticos com resultados negativos para os testes sorológicos. As amostras submetidas aos testes virológicos continuam em processamento.
Segundo a nota técnica, análises laboratoriais realizadas em 238 suabes, colhidos em aves de 79 propriedades localização nas zonas de proteção e vigilância resultaram no isolamento de vírus da doença de Newcastle não patogênico em uma amostra. O índice de patogenicidade intracerebral (IPIC) do vírus isolado é de 0,38, ou seja, inferior a 0,7, índice considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMC) como vírus patogênico.
Vigilância – O DSA informou ainda que as ações de defesa sanitária animal serão mantidas na zona de proteção e vigilância até a conclusão dos testes virológicos. O foco da doença de Newcastle foi anunciado no dia 06 de julho em aves de uma criação de fundo de quintal localizada no município de Vale Real, a 90 km de Porto Alegre. A propriedade não atende frigoríficos e nem faz parte da cadeia produtiva do setor industrial.
Tão logo o caso foi confirmado, foi estabelecida uma zona de proteção num raio de 3 km ao redor do foco e zona de vigilância num raio de 10 km. Nestas áreas, foram adotadas as medidas sanitárias previstas no Plano Nacional de Contingência à Influenza Aviária e à Doença de Newcastle, incluindo ações de restrição do trânsito de animais e produtos de risco.