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Foco de aftosa preocupa a ABCS

<p>Rubens Valentini faz comentários sobre o registro de febre aftosa em bovinos de uma fazenda do Mato Grosso do Sul.</p>

Redação SI 11/10/2005 – O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Rubens Valentini, reagiu com preocupação à confirmação da incidência de aftosa num rebanho bovino no Mato Grosso do Sul. Ele destaca que o Conselho Técnico Consultivo da entidade, reunido em Fortaleza (CE) na semana passada, durante o XII Congresso da ABRAVES, reafirmou a necessidade de o governo federal cumprir pelo menos o orçamento inicialmente previsto para a defesa sanitária e implantar todos os planos de contingência que se fizerem necessários.

Rubens Valentini destaca que “não há registro de aftosa em suínos no País há cerca de 15 anos”. Não obstante, a ausência de um zoneamento sanitário internacionalmente aceito provoca uma insegurança desnecessária no mercado. “Se compararmos as dimensões brasileiras diz ele temos que receber do mercado o mesmo tratamento dado aos europeus, onde uma contaminação verificada num país não é obrigatoriamente estendida a uma nação vizinha”.

Apesar de lamentar o fato, Valentini disse que o inverno europeu joga a favor do Brasil nesse episódio, que deverá ter reduzidas repercussões nas vendas realizadas em 2005. Isto porque a Rússia, que é o principal importador de proteína animal do Brasil, encerra seus desembarques no dia 15 de novembro, retomando esses trabalhos apenas a partir de março de 2006.  “Com isto, temos alguns meses para tentar diminuir o impacto do problema na mesa de negociação”, completa Valentini.

Para o presidente da ABCS, a questão sanitária é o grande gargalo no desenvolvimento da produção de carnes do Brasil. “A priorização em pesquisa e controle sanitário é uma resposta indispensável ao enorme investimento feito pelo setor privado em tecnologia de produção nos últimos anos”, disse Rubens Valentini. “Com mais este alerta, esperamos que as autoridades públicas entendam a dimensão real da problemática do controle sanitário do país e a extensão de suas repercussões econômicas e sociais”, finalizou.