Redação AI (04/10/06)- As bactérias do gênero Salmonella são as principais responsáveis pela manifestação de doenças infecciosas alimentares no homem e nos animais. Atualmente já são conhecidos mais de 2.500 sorotipos desse agente e cerca de 200 estão relacionados a enfermidades em humanos. As principais síndromes causadas pelas salmonelas são a febre tifóide e as infecções paratíficas. Os sorotipos Typhimurium e Enteritidis são os mais freqüentemente envolvidos nos casos em humanos.
Dados do Center of Disease Control (CDC), dos EUA, revelam que na Europa, nos três primeiros anos dessa década, mais de 250 mil pessoas foram infectadas por Salmonella, sendo que mais de 30% destes casos foram caracterizados pela presença de Salmonella Enteritidis (SE) considerado o sorotipo mais prevalente nos casos de salmonelose em humanos e em animais, desde o final dos anos 80.
A Salmonelose é considerada a doença bacteriana de maior impacto econômico na avicultura nacional; a enfermidade, relacionada ao sorotipo Salmonella Enteridis, causa problemas de mortalidade e refugagem de aves jovens, além da contaminação de produtos e derivados avícolas.
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Controle
Por ser um agente muito persistente no meio ambiente, ter um elevado número de hospedeiros e uma grande facilidade de multiplicação, o controle da Salmonella Enteritidis se tornou uma tarefa extremamente complexa, exigindo o envolvimento de todos os elos da cadeia produtiva avícola – granjas, incubatórios, fábricas de rações, abatedouros, entre outros.
A imunização de aves é uma das mais importantes medidas de controle da Salmonella Enteritidis, principalmente por meio das vacinas inativadas. Elas previnem que os órgãos internos das aves sejam colonizados pela bactéria, reduzem a excreção fecal e estimulam uma menor produção de ovos contaminados. As vacinas também são capazes de diminuir a taxa de crescimento bacteriano nos ovos contaminados por causa da presença de anticorpos na gema.
O reflexo da eficácia dessa prática pode ser visto na recente decisão da União Européia (EU), que torna a vacinação obrigatória para as poedeiras comerciais, a partir de 2008, nos Estados-membros em que há prevalências iguais ou superiores a dez por cento. O uso de vacinas em poedeiras reduz a possibilidade da produção de ovos contaminados e, conseqüentemente, reduz a contaminação de humanos . A vacinação já é prática comum em diversos países da Europa.
Vacina
Considerando a vital importância do controle do agente, a Fort Dodge Saúde Animal lançou a nova vacina Poulvac SE ND IB. Com ela, a empresa dá aos produtores duas opções de vacinas inativadas para o controle da Salmonella Enteritidis, a Poulvac SE e a Poulvac SE ND IB.
A combinação única dos fagotipos 4, 8 e 13a da SE, garantem as vacinas Poulvac SE e Poulvac SE ND IB uma ampla proteção contra a Salmonella Enteritidis. Estudos da UNESP de Jaboticabal, avaliando a descendência de aves vacinadas com Poulvac SE revelaram que a imunidade passiva protegeu significativamente os pintos nas primeiras semanas de vida, período de maior sensibilidade ao agente.
Pintos com proteção passiva conferida pela Poulvac SE apresentaram redução de três a quatro vezes no número de isolamentos em órgãos como fígado e baço e até mil vezes menos salmonela nos cecos após desafio no primeiro dia de vida. Outros resultados do Instituto Biológico – Bastos, com aves adultas desafiadas encontraram uma redução de nove vezes na produção de ovos contaminados e uma menor excreção fecal no grupo vacinado com Poulvac SE.
A dose de ambas vacinas é de 0,3ml, permitindo uma redução no volume a ser injetado e, conseqüentemente, menor agressão a ave. A vacina Poulvac SE ND IB promove no mesmo volume, uma combinação inédita e inovadora de SE com doença de Newcaste e Bronquite Infecciosa.
“É importante ressaltar que a vacinação é apenas uma ferramenta auxiliar e que o sucesso no controle das salmoneloses só será obtido por meio de uma série de ações e medidas conjuntas, como a biosseguridade, a aquisição de plantéis livres e o controle de matérias-primas, entre outros”, alerta Alberto Inoue, gerente de produto de aves e suínos da Fort Dodge.
Em função dos excelentes resultados obtidos com o uso da Poulvac SE em matrizes e poedeiras, no último ano, em 2007, a Fort Dodge espera comercializar mais de dez milhões de doses de vacinas contra Salmonela. “Sabemos da importância de vacinas como esta para o mercado brasileiro e, por isso, vamos continuar investindo no desenvolvimento de produtos de ponta que têm mantido a liderança da empresa neste setor”, afirma Inoue.
Sobre a Fort Dodge
Líder mundial no desenvolvimento, fabricação e venda de vacinas, a Fort Dodge Saúde Animal pertence ao grupo norte-americano Wyeth e está entre os cinco maiores fabricantes de produtos de saúde animal do mundo. A matriz está localizada na cidade Overland Park (Kansas, EUA) e conta com fábricas no estado americano de Iowa, em Taiwan, Espanha, Itália, Holanda, Irlanda e Austrália. No Brasil a empresa tem sede em Campinas (SP), onde funciona uma planta de manufatura cujos produtos abastecem o mercado nacional e são exportados para diversos países do mundo.
