O governo do Estado de Mato Grosso, via Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), estará apresentando na manhã desta sexta-feira (20) os resultados da etapa de novembro da campanha de vacinação contra a febre aftosa. Ela foi realizada de 1º a 30 de novembro, exceção a região do Pantanal, que foi estendida até o dia 15 de dezembro, devido às dificuldades de logística dos pecuaristas daquela região.
Nesta etapa, obrigatoriamente, foram vacinados bovinos e bubalinos de todas as idades – “de mamando a caducando” – em todo o Estado de Mato Grosso. O prazo de comunicação às unidades do Indea se encerrou 10 de dezembro.
Segundo o presidente do Indea-MT, Valney Souza Correa, o trabalho do Estado é garantir a sanidade do rebanho de Mato Grosso, e que uma equipe técnica do órgão acompanhou todo o processo de perto a imunização de 100% desses animais em todas as regiões. Mato Grosso possui o maior rebanho bovino do País, com mais de 28 milhões de cabeças.
Outro dado extremamente positivo é que neste ano Mato Grosso vai para o 16º ano sem a doença. Segundo ainda o Indea-MT, o resultado também é fruto de parceria com instituições públicas, privadas, sindicatos e, fundamentalmente, com a conscientização e ótimo trabalho feito pelos pecuaristas. Mato Grosso é reconhecido como livre de febre aftosa, com vacinação, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Os números serão apresentados na Sala de Reuniões do Indea, no Edifício Ceres, 2º Andar, Centro Político Administrativo (CPA), às 9 horas, pela equipe técnica e presidência do Indea-MT.
A doença – A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta gado bovino, búfalos, caprinos, ovinos, cervídeos, suínos e outros animais que possuem cascos fendidos – não afeta eqüídeos (cavalos, asnos, mulas). O animal afetado apresenta uma febre alta, que diminui após dois a três dias, e ferimentos (vesículas) nas mucosas e pele.
Apesar da alta sensibilidade ao calor e à luz, os vírus da aftosa são transmitidos pelo ar, pela água e pelos alimentos – não há transmissores da doença.
A gravidade e preocupação em torno da febre não existe por causa das mortes que ocasiona, mas pelos elevados prejuízos econômicos, já que a disseminação ocorre de forma muito rápida e o local onde a doença é detectada é interditado, dificultando a produção de gado e a venda de carne.
Como os seres humanos raramente são infectados pelo vírus, a febre aftosa não representa impacto direto na saúde pública.