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Governo investe para prevenir entrada da gripe aviária no Brasil

<p>Cerca de R$ 20 milhões serão aplicados em portos no território brasileiro.</p>

Redação (18/04/07) – O Ministério dos Transportes vai atuar nos principais portos do país para evitar a entrada do vírus influenza, causador da gripe aviária. Os recursos necessários, cerca de R$ 20 milhões, foram garantidos por meio de Medida Provisória, no final do ano passado, depois que decreto presidencial de outubro de 2006 instituiu um grupo de combate à gripe aviária, serão investidos em dez portos no país, incluindo o porto de Rio Grande.

Conforme o coordenador de projetos aquaviários do ministério dos transportes, Edison Vianna, estão sendo realizadas ações na área de inteligência, onde serão definidos planos específicos que vão determinar qual a ação de cada um dos agentes responsáveis pela fiscalização e controle sanitários dentro de cada porto.

– Estamos fazendo investimentos para a elaboração dos planos específicos para a instalação e implantação de autoclaves que vão analisar o lixo de bordo de embarcações e outros utensílios que, por ventura, possam transportar o vírus. 

 O coordenador do projeto destaca que será desenvolvido um sistema integrado com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Marinha do Brasil e Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (Antac), além de sistemas de saúde, como o próprio Sistema Único de Saúde (SUS), para controle e identificação da doença.

– O vírus pode ser transportado ou pela carne de aves, qualquer elemento ligado à produção da ave, além de poder ser transportado por uma pessoa infectada. O objetivo e controlar a entrada das aves de países com áreas afetadas, como a região da Ásia, e identificar embarcações com possíveis tripulantes infectados também. Se houver uma suspeita, a Anvisa vai à bordo para identificar qual o tipo de doença para poder controlar a entrada do vírus – informa Vianna.

Ele ressalta que a autoridade portuária está desenvolvendo um plano específico para cada unidade onde prevê o controle da entrada de passageiros, tripulantes e carne de aves das regiões infectadas. 

– O plano vai envolver toda a comunidade sanitária de Rio Grande e como vai se fazer o controle disso. Cada um dos agentes que vai participar da estratégia do controle do vírus vai dizer o que precisa para poder assumir mais essa atribuição.

Segundo Vianna, foram destinados R$ 500 mil para a Antac para fazer a capacitação de técnicos, que terá a assessoria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

– O Centro de Sistemas Navais da Marinha também está nos ajudando na concepção de um sistema que possa nos facilitar o controle destas informações, principalmente na origem e destinos de navios, de cargas, dos últimos portos que o navio atracou. São informações estratégicas que vão nos dar insumos para controlar a entrada do vírus – salienta o coordenador do projeto.