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Gripe aviária gera mais de cinco mil ligações em dois dias

<p>As perguntas mais frequentes têm resposta na cartilha produzida pelo governo sobre a doença.</p>

Redação AI (06/04/06)- A Central de Atendimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) registrou um salto no número de ligações nos últimos dois dias. Entre segunda-feira (03/04) e terça-feira (04/04), foram registradas mais de cinco mil ligações ao 0800 61 1995 do Mapa.

Segundo informações da central, mais de 90% dos atendimentos referem-se a dúvidas sobre a influenza aviária. Depois da divulgação massiva da imprensa, as pessoas ficaram curiosas e querem se informar, afirma a coordenadora geral da Biblioteca Nacional da Agricultura, Neuza Arantes da Silva, que mantém o serviço.

Entre as perguntas mais freqüentes dos usuários da central estão os sintomas da doença, o modo de disseminação entre aves e seres humanos, os riscos para a saúde pública e a existência de casos no Brasil. O consumo de aves e sub produtos, a segurança da carne de ave cozida, a importação de aves para território nacional e precauções para donos de aves domésticas também são dúvidas comuns.

De acordo com a coordenadora, as perguntas mais freqüentes são condizentes com o material educativo lançado pela Assessoria de Comunicação Social e pela Coordenação de Sanidade Avícola da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa na semana passada. As perguntas são as mesmas da cartilha. O livreto educativo tem como destino criadores de aves, frigoríficos e exportadores do setor avícola, além de cooperativas, universidades e instituições de pesquisa e extensão rural.

Até meados de fevereiro, a central de atendimento do ministério recebia apenas cerca de seis ligações diárias. Devido ao aumento da demanda, queremos aumentar o horário de atendimento e número de atendentes, disse Neuza Arantes. A central funciona diariamente, de segunda-feira à sexta-feira, das 8h às 18h, por meio do telefone 0800 61 1995. Para agilizar o atendimento, a central pede que os usuários do serviço tenham em mãos o endereço completo, o CEP e o CPF.

Ações Desde o surto epidêmico de influenza aviária no sudeste asiático em 2004, o Mapa desenvolve ações preventivas de caráter permanente e temporário. O ministério acompanha continuamente as notificações da presença da influenza nas diversas fontes de informação sanitária internacional. São realizadas coletas de amostras e tentativas de isolamento viral em aves migratórias aquáticas.

Em 2004 e 2005, foram coletadas amostras em mais de 105 mil aves da avicultura industrial nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Tocantins, Bahia e Sergipe.

Desde outubro de 2004, as unidades da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Mapa têm intensificado as medidas de fiscalização das aves e produtos avícolas importados de outros países. Foram suspensas as importações de aves e ovos férteis para reprodução vindos de países com focos confirmados de influenza aviária.

Também foram proibidas as importações de aves de companhia vindas de qualquer país, independente da ocorrência ou não da doença. Outra medida adotada pelo Mapa foi a aquisição de cinco detectores de material biológico que estão em fase de implementação nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ).

Em dezembro do ano passado, foram investidos cerca de R$ 37 milhões na aquisição de aparelhos utilizados no diagnóstico da doença. O objetivo é agilizar a capacidade dos Laboratórios de Analises Agropecuárias (Lanagro) de detectar o vírus da influenza. O Mapa tem desenvolvido também ações na área de comunicação, divulgando informações no sítio eletrônico do ministério (www.agricultura.gov.br) e desenvolvendo campanhas educativas.

Em 2004, com a ajuda das Secretarias Estaduais de Agricultura, o Mapa implementou o cadastro de georreferenciamento das propriedades de criação avícola industrial e de aves de subsistência, além da localização dos sítios de aves migratórias.

Na área de capacitação, já foram realizados cerca de onze cursos para técnicos do serviço de inspeção oficial. As ações estão em constante reformulação e as atividades ligadas ao georreferenciamento, amostragem e acompanhamento, em permanente atualização.