Redação AI 02/12/2005 – O diretor presidente da Associação Paulista de Avicultura (Apa), Érico Pozzer, defendeu maior controle das rotas de aves migratórias como forma de evitar a entrada da gripe aviária no País.
“Sabemos que essas aves passam pelos extremos do País, no Norte, Nordeste e no extremo Sul, mas as rotas não estão bem definidas”, afirmou. Ele participa da Conferência Hemisférica de Vigilância e Prevenção da Influenza Aviária, que acontece até amanhã, em Brasília. Especialistas acreditam que as aves migratórias, se infectadas, podem propagar o vírus da doença. O homem também pode “carregar” a gripe das aves. De acordo com ele, donos de granja em São Paulo foram orientados a não permitir visitas nos criatórios. Botas de funcionários e carros são desinfetados para minimizar os riscos da gripe.
Pozzler acrescentou que o setor espera que o governo
“Não gostaríamos de adotar uma medida isolada. Ações individuais não dão certo”, comentou. Alguns estados do sul ameaçam fechar suas divisas e limitar o trânsito de aves, antecipando-se ao governo federal.
São Paulo é o terceiro maior produtor de frango do País, atrás de Santa Catarina e Paraná, responde por 17% da produção e foi responsável, em 2004, por 7% dos embarques de carne de frango. Em 2004, essa participação deve subir para 10% ou 12%, calculou. São Paulo é o maior produtor de ovos do País, com 45% da produção nacional. A região de Bastos, no interior de São Paulo, é grande produtora de ovos.