Redação (19/10/06) – Em dezembro de 2005, o Ministério da Agricultura reconheceu oficialmente a existência de foco de febre aftosa no estado.
Segundo Guedes, a decisão foi tomada após a conclusão dos estudos complementares, que envolveram uma análise mais abrangente do trânsito de animais e a realização de exames laboratoriais em propriedades localizadas no raio de 10 quilômetros das fazendas São Paulo e Alto Alegre, localizadas no município de Loanda. Após a apreciação de todas as informações levantadas, os técnicos do Departamento de Saúde Animal (DSA) do ministério concluíram que não há indícios de circulação do vírus da doença na região.
Durante reunião com o secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, Guedes destacou o trabalho integrado e compartilhado desenvolvido por técnicos dos governos federal e estadual. Também participaram da reunião representantes do ministério, da secretaria e dos criadores.
Estamos tranqüilos e seguros com a decisão que estamos tomando. Agora, precisamos que essa decisão seja reconhecida internacionalmente, disse o ministro.
Como próximo passo, Guedes informou que o ministério encaminhará um relatório à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) com todas as ações de defesa sanitária desenvolvidas no Paraná desde o anúncio da suspeita da existência de foco da doença em outubro do ano passado. No máximo dentro de duas semanas encaminharemos esse relatório. Assumimos esse compromisso junto à secretaria e lideranças do setor afirmou.
O ministro também ressaltou que o documento deverá ser analisado em dezembro, durante reunião do comitê técnico da OIE em Paris.
Faremos o possível para que o relatório seja analisado ainda em dezembro. Se não for, vamos pedir uma reunião extraordinária para que seja avaliado. Assim, o Paraná poderá ser novamente inserido no mercado internacional. Guedes lembrou que a retomada das exportações pelo estado dependerá da manifestação dos países importadores de carne. As expectativas são grandes. O Paraná tem potencial para ocupar um espaço ainda maior no mercado internacional.
Durante o anúncio do fim das restrições, o secretário de Agricultura destacou o trabalho realizado pelos técnicos do Departamento de Fiscalização (Defis). Pohl Ribas também ressaltou que desde o anúncio da suspeita de foco de aftosa no estado, as medidas tomadas pelo Governo do Paraná foram cumpridas com rigor, transparência e responsabilidade.
Ele esclareceu ainda que a decisão de anunciar a suspeita do foco ao ministério foi compartilhada entre as 35 entidades públicas que fazem parte do Conselho de Sanidade Agropecuária (Conesa). Após serem apresentados os riscos que existência da doença no Mato Grosso do Sul representavam para o Paraná, já que animais da área de risco do estado vizinho entraram em nosso estado, todos os representantes das entidades do Conesa decidiram que o Secretaria da Agricultura notificasse o ministério e os estados vizinhos da suspeita. Só temos que lamentar a postura daquelas entidades que, após a decisão, recuaram quanto ao que tinham decidido e proposto, concluiu.