Redação (13/12/06) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) trabalha para que o plano de prevenção à entrada da gripe aviária no país inclua a comunicação à população das ações adotadas pelo governo, afirmou nesta terça-feira (12) o analista ambiental Leonardo Mohr, durante audiência pública realizada na Câmara dos Deputados.
Ele lembrou que aves migratórias podem trazer o vírus e por isso políticas públicas deverão ser adotadas em áreas de Unidades de Conservação Federais por onde passam essas aves. “Em alguns desses locais vivem pessoas que criam animais domésticos, o que pode desencadear a transmissão do vírus”, informou.
Caso seja detectado algum foco, acrescentou, “estamos trabalhando de forma a tranqüilizar a população, o mais importante é informar que o governo está atuando preventivamente”.
De acordo com Joel Meyer, integrante do Grupo de Estudo sobre a Influenza Aviária da Universidade de Campinas (Unicamp), que também participou da audiência, há duas possíveis portas de entrada de aves migratórias: uma pelo norte e outra pelo sul do país. “A rota do sul não é monitorada e só saberemos da chegada do vírus depois que ele for detectado. A nossa sugestão é monitorar aves migratórias ainda na Antártida, para podermos avaliar o destino da migração delas e emitir alertas”, afirmou.
Sobre a rota do norte, Meyer informou que o monitoramento é feito pelos Estados Unidos, que enviarão um alerta ao Brasil. Com informações da Agência Brasil. (AB)