Redação (13/11/2008)- O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) iniciou nessa terça-feira (11) o monitoramento sorológico de vacinação contra febre aftosa no rebanho bovino mineiro. O objetivo é verificar a eficiência da vacina aplicada em campanhas anteriores quanto ao nível adequado de imunização dos rebanhos para aftosa, além de mostrar que a cobertura vacinal apresenta correspondência com o percentual de bovinos declarados como vacinados.
O Instituto está mobilizando 18 médicos veterinários, treinados na semana passada, que farão a colheita de material em 127 propriedades, sendo 77 em Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Eras) e 50 em propriedades não Eras. Os técnicos farão a coleta de 391 amostras (200 em propriedades Eras e 191 nas restantes) de sangue de animais, a serem encaminhadas para analise no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Pedro Leopoldo (MG).
Na atualidade, de acordo com dados levantados nesta semana junto à União Européia (UE), Minas Gerais é o estado que detêm o maior número de propriedades aptas a exportar para aquele bloco: já são 284 propriedades, contra 269 da semana passada.
TESTES
Nesta etapa, será testada novamente a eficiência da vacina contra o vírus “A”. No ano de 2005, foram testadas as eficiências contra os vírus “A e C”. Em 2007, o teste foi contra o vírus tipo “O”. Na realização dos testes não será verificada a eficiência das propriedades rurais. Mas, sim, uma amostragem do seu rebanho, para verificar a eficiência da vacina com o objetivo de se obter um estrato maior de animais livres da doença no Estado.
A veterinária da Gerência de Defesa Animal (GDA) do IMA, Graciene Alves de Carvalho, que está supervisionando todo o processo, ressalta que essa avaliação é diferente do monitoramento de atividade viral que comprova se a área está livre do vírus, enquanto a avaliação indica se os animais estão imunizados ou não”, explica.
Para o diretor geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, essa é uma maneira de atender às exigências do mercado, comprovando que a vacinação é eficiente. “A vacinação é uma das principais estratégias no controle da febre aftosa, associada a outras atividades sanitárias. Atestar a qualidade da vacinação é afirmar a seriedade do nosso trabalho”.
A medida atende à determinação do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) quanto às exigências da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e da União Européia. Esta última deverá realizar visita oficial a oito estados brasileiros – Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo na segunda quinzena de janeiro do próximo ano.