A variabilidade do peso corporal no abate tem um impacto significativo na lucratividade das instalações de crescimento e acabamento na suinocultura. Flutuações no peso corporal dos suínos podem desvalorizar carcaças, afetar a classificação de qualidade e preço, além de prolongar o uso das instalações. O impacto financeiro dessas variações geralmente se torna visível apenas no momento do abate, quando as transações dos produtos resultantes ocorrem. Portanto, é crucial pesquisar estratégias para mitigar a variabilidade do peso corporal na indústria suína.
Variabilidade do Peso Corporal
Pesquisas indicam uma correlação entre a variabilidade do peso corporal no abate e nos estágios iniciais da vida dos suínos. Uma meta-análise recente demonstrou que o desvio padrão no abate pode ser previsto pelo desvio padrão no desmame ou no final da creche. Além disso, um estudo revelou que a alta densidade de estocagem durante a creche aumenta a variabilidade do peso corporal no abate. Esses achados destacam a importância de adotar estratégias para reduzir a variabilidade desde a unidade de matrizes.
Determinantes e Consequências da Uniformidade
A variação no peso corporal pode ser observada desde o nascimento. Leitões que não conseguem mamar ou serem criados efetivamente tendem a aumentar as discrepâncias de peso no desmame, o que pode afetar negativamente a conversão alimentar na fase pós-desmame. Leitões mais leves necessitam de dietas de fase inicial, enquanto leitões mais pesados se beneficiam de dietas de fase posterior, que são geralmente mais econômicas. A pesquisa mostra que a variabilidade do peso corporal pode ser mantida baixa se os leitões forem alimentados conforme seu consumo, em vez de seguirem fases fixas de alimentação.
Notícias Relacionadas
A variabilidade do peso corporal surge de fatores como diversidade biológica, genética, nutrição e doenças. Em um estudo, grupos de suínos enfrentando diferentes desafios de saúde mostraram um aumento de 3% no coeficiente de variação (CV) em condições de alto desafio de saúde.
Valor da Uniformidade Aprimorada
O CV mede a dispersão dos pesos corporais dentro de um grupo, enquanto a uniformidade avalia a uniformidade dos pesos. Reduzir o CV em 1% no abate pode render € 0,65–1,50 por suíno produzido. De acordo com uma meta-análise liderada por Andres Tolosa, da Kansas State University, reduzir o CV em 1% até o final do estágio de creche pode resultar em uma economia de € 0,30 por suíno no abate.
Uso de Probióticos para Melhorar a Uniformidade
Um produto probiótico à base de Bacillus, SolPreme, demonstrou estimular o epitélio e o sistema imunológico da mucosa dos leitões, melhorando a integridade e a função intestinal. Isso resulta em leitões com melhor desempenho e maior resiliência. Em cinco estudos conduzidos pela Novonesis, o probiótico aumentou a uniformidade em 2,8% CV, resultando em uma economia de € 0,70 por suíno no abate. A melhoria é atribuída a uma maior proporção de suínos inicialmente mais leves progredindo para categorias de peso médio ou maior.
A falta de uniformidade, seja entre leitões lactentes, desmamados ou em fase de engorda-terminação, representa uma oportunidade perdida de lucratividade. A uniformidade ideal não só aumenta a lucratividade, mas também simplifica o gerenciamento, reduz os custos de mão de obra e ração, facilitando a produção de suínos hoje e no futuro.
