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Influenza

O histórico da doença e suas epidemias entre as criações de aves e de suínos.

Da Redação 30/03/2004 – 10h00 – Os vírus da gripe ou influenza constituem um grupo complexo, o qual circula na natureza em várias espécies animais, inclusive no homem, sendo capaz de gerar grandes epizootias e epidemias.

O grupo divide-se em influenza A, B e C sendo o primeiro o mais importante, por sua capacidade de infectar muitas espécies, pela virulência de algumas amostras e pela possibilidade de surgirem constantemente novas amostras de vírus por processos de recombinação genética.

Histórico

A primeira amostra de influenza aviária foi isolada em 1902, embora não fosse reconhecida como influenza até 1955. Em 1974 se descobriu a presença do vírus em espécies selvagens e o papel destas aves no ciclo natural da influenza.

No homem, epidemias e mesmo pandemias ocorreram ao longo dos séculos, sendo reconhecidos prováveis episódios desde os tempos da Grécia Antiga. A mais importante pandemia humana de influenza ocorreu entre os anos de 1918 e 1920, quando se acredita que entre 20 a 50 milhões de pessoas morreram em todo o mundo, incluindo em nosso país, sendo causada por um vírus com a composição H1N1 de origem aviária, conforme foi recentemente demonstrado pela análise de fragmentos de ácido nucléico obtidos de pacientes inumados em regiões frias do hemisfério norte.

As últimas grandes epidemias ocorreram em 1957, causadas por amostras H2N2 e 1968 por vírus H3N2, sendo que hoje co-circulam no homem amostras H1N1, H1N2 e H3N3. Em suínos circulam no momento principalmente as amostras H1N1 e H3N2.

Com a finalidade de monitorar constantemente as amostras associadas a casos humanos, desde a metade do século passado, a Organização Mundial de Saúde mantém uma rede de Laboratórios de Referência, os quais se obrigam a coletar amostras de influenza obtidas de casos clínicos humanos, em suas regiões. No Brasil, existem três Laboratórios da rede nos Institutos Adolfo Lutz em São Paulo, Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro e Evandro Chagas, em Belém. Um sistema semelhante que operasse regularmente na área animal traria uma contribuição importante no rápido reconhecimento de infecções por influenza.

*Por Dr. Hermann Schatzmayr