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Instituto Butantã recebe nova cepa do vírus H5N1

<p>O Instituto Butantã, da Secretaria de Estado da Saúde, apresentou hoje a nova cepa do vírus H5N1, causador da gripe aviária, desenvolvida pelo Center of Deseases Control, dos Estados Unidos, a partir de um vírus encontrado na Indonésia.</p>

Redação AI (27/02/07) –   A cepa apresenta a carga genética do vírus, mas não tem a capacidade de desenvolver a doença e será estudada pelo Instituto Butantã para desenvolvimento de vacina eficaz e de baixo custo contra a doença.

O Instituto Butantã é um dos cinco centros produtores de vacina do mundo e já obteve bons resultados em uma vacina contra a gripe aviária testada em camundongos. Enquanto a vacina norte-americana se torna eficiente depois de oito dosagens por pessoa, a desenvolvida no Butantã apresenta bons resultados com apenas duas doses. Uma das diferenças entre as duas é o adjuvante (usado para potencializar as vacinas) produzido no Butantã, derivado da vacina de coqueluche, chamado Monofosforilipídeo A (MPLA).

Os estudos foram realizados com outra cepa do H5N1, recebida pelo Instituto em janeiro de 2006. Originária de um vírus encontrado no Vietnã, essa cepa foi desenvolvida na Inglaterra.

A atual capacidade de produção do Instituto Butantã está entre 20 mil e 100 mil doses por ano e vai aumentar para 40 milhões quando for concluída a construção da nova unidade de produção de vacinas, prevista para o final deste ano. O projeto deve custar R$ 70 milhões para a Secretaria de Estado da Saúde e o Ministério da Saúde e ainda pode ser beneficiado por um programa da Organização Mundial da Saúde que vai destinar US$ 2 milhões do governo norte-americano para o desenvolvimento de vacina contra a gripe aviária.

A OMS teme que o H5N1 se modifique e passe a ser transmitido por contágio humano, o que poderia gerar uma pandemia. As contaminações humanas registradas até agora ocorreram através contato com aves infectadas.

"O Brasil deverá ser o primeiro país a fabricar a vacina no Hemisfério Sul. A estratégia é criar um estoque que sirva como linha de frente caso se confirme a expectativa de uma pandemia", disse Isaías Raw, presidente da Fundação Butantã.