Redação AI 08/06/2005 – O exame feito pelo laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), de Campinas (SP), com base em amostras coletadas de frangos de Jaraguari (MS), confirmou a presença de Newcastle, mas com teor não patogênico, ou seja, não foi o responsável pela mortandade que motivou sacrifício de cerca de 17 mil aves da granja Nossa Senhora Aparecida, integrada da Seara.
O vírus, segundo explica a técnica da SFA (Superintendência Federal de Agricultura) e presidente do Coesa (Comitê Estadual de Sanidade Avícola), Priscila Nogueira Ferraz, chegou à produção da granja provavelmente pelas fezes de galinhas caipiras do entorno, que receberam a vacina. Embora não cause mortalidade, o problema é que os países da Comunidade Européia e do Japão não aceitam a vacinação e isso pode gerar veto. “Como a vacina é viva muitos mercados não aceitam”, afirma.
Para o superintendente federal de Agricultura, José Antônio Roldão, esse risco não deve existir porque há uma orientação clara de que não haja aproximação entre a produção de granjas e a de galinhas caipiras no Estado.
A nota técnica do Mapa (Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária), informa que o vírus não patogênico, como foi encontrado nas aves, não poderia por conta própria produzir a mortalidade observada se não houvesse a concorrência de outros fatores, que são os agentes de doenças sob investigação. Mais uma vez o Mapa reforçou que está descartada para influenza aviária, doença altamente restritiva no mercado internacional. Laudo não oficial da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) apontou a bronquite.
As ações de vigilância, iniciadas na região atingida pela doença, continuam, contemplando a restrição de trânsito de animais, veículos e pessoas, desinfecção de veículos e investigação em propriedades vizinhas. Até o momento, a vigilância que está sendo realizada na região não detectou novas propriedades afetadas.