Pelo quarto ano consecutivo, equipes de fiscais agropecuários do Serviço de Saúde Animal da Superintendência Federal de Agricultura (SFA/MS) e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) realizam monitoramento de circulação viral para influenza aviária (gripe do frango) no Pantanal sul-mato-grossense, mais especificamente na região da Curva do Leque, município de Corumbá. Com a ampliação das equipes técnicas foi possível coletar 576 amostras para análise laboratorial, um aumento de 26% em relação a 2009. Outro diferencial adotado pelos fiscais este ano, foi o enfoque na educação sanitária, os próprios fiscais redigiram e apresentaram uma peça teatral intitulada: Susto no Galinheiro, para alunos da Escola Rural – Pólo Luiz de Albuquerque na região do Porto da Manga, às margens do Rio Paraguai.
O monitoramento da Influenza Aviária é feito por meio da coleta de sangue e suabes de traquéia e cloaca das aves domésticas criadas nas fazendas pantaneiras (galinhas e patos) e posteriormente encaminhadas para análise no laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Campinas/SP (Lanagro/Mapa). Os trabalhos de coleta de amostras foram encerrados no último dia 10 de novembro e os resultados das análises serão divulgados nos próximos dias. Esse é o quarto ano consecutivo que os resultados emitidos pelo Mapa foram negativos e nenhuma ameaça foi detectada.
Segundo o Fiscal Federal Agropecuário, João Ormay, coordenador das equipes, existem espécies de aves migratórias oriundas de países da América do Norte que passam uma temporada no Pantanal em busca de alimento e posteriormente seguem para a região da Patagônia na Argentina. Essas aves podem estar contaminadas com o vírus da Influenza Aviária e no momento que compartilham do mesmo ambiente em busca de alimento pode ocorrer risco de contágio para as aves domésticas.
As equipes técnicas de Defesa Animal da SFA/MS e da Iagro continuam em alerta constante para evitar que essa enfermidade seja introduzida involuntariamente e traga danos à avicultura do Mato Grosso do Sul e do País, diminuindo a nossa capacidade de competitividade no mercado. O trabalho de monitoramento de aves migratórias faz parte do Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária do Mapa.