Redação AI (04/05/07) – O trabalho, que envolve a coleta de material de aves de fundo de quintal e palestras de educação sanitária nos municípios de Mostarda e Tavares, é realizado em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, Secretaria Estadual de Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e IBAMA.
A ação faz parte do Plano de Monitoramento da Influenza Aviária em Aves Migratórias e Silvestres no Brasil. Ele prevê a captura e o monitoramento das aves em 18 sítios de migração existentes no País, nas populações avícolas comerciais ou de subsistência, incluindo zoológicos e parques urbanos, localizados em um raio de 10 km ao redor dos sítios. O material coletado das aves será enviado ao Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Campinas (SP).
A responsável pelo Plano Nacional de Sanidade Avícola do Mapa no Rio Grande do Sul, Ana Lúcia Stepan, explicou que as aves migratórias são potenciais transmissoras da doença, o que justifica a campanha. “O objetivo dessas ações é fazer um trabalho de monitoria da Influenza Aviária e também um trabalho de educação sanitária para evitar a possibilidade de entrada dessa enfermidade no país e o alastramento dela, se caso ela entre.”
Notícias Relacionadas
Durante a campanha, moradores que vivem ao redor da Lagoa recebem orientações sobre a doença nas escolas e em casa. Além disso, os proprietários de aves de fundo de quintal devem responder a questionários por meio dos quais os técnicos pretendem dimensionar o risco da introdução da influenza no sítio da Lagoa do Peixe, por meio das aves migratórias. Além disso, eles querem avaliar a hipótese da possível propagação da doença para avicultura comercial. A pesquisa abrangerá um universo de 448 proprietários, distribuídos em 22 localidades de Mostarda e Tavares.
As palestras de educação sanitária são direcionadas para as lideranças e entidades de classe em 13 escolas do ensino fundamental, para agentes de saúde, recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pescadores, proprietários já cadastrados, produtores rurais e para comunidade em geral, envolvendo cerca de 1.200 pessoas nos dois municípios gaúchos.
O Mapa realizará trabalho de campo em todo o País até junho, quando se encerra o período migratório, e retomará em setembro, com o retorno das aves do Hemisfério Norte. Foram selecionados sete sítios de aves migratórias. Além da Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul, a campanha ocorrerá no Estado do Pará, os municípios de Vigia, São Caetano de Odivelas, Breves e São Sebastião da Boa Vista; em Santa Catarina, as cidades de Itajaí e Brusque; Rio Grande do Norte, o município de Galinhos; em Pernambuco, a Ilha da Coroa do Avião, na cidade de Igarassu; no Maranhão, a Baía de São Maços, no município de São José Ribamar; no estado da Bahia, o sítio de Cacha Pregos, na Ilha de Itamaracá.
