Redação (01/11/06) – O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gabriel Alves Maciel, informou ontem (31/10) que ainda esta semana serão liberados mais R$ 40 milhões para ações do Plano de Prevenção e Controle da Gripe Aviária.
Durante o evento, o diretor de Combate às Doenças do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, afirmou que para o Brasil, como maior produtor e exportador de aves do mundo, a detecção precoce de casos da doença é fundamental para garantir a saúde do plantel nacional e também conter o risco do vírus atingir seres humanos, como já ocorreu em países da Ásia, Europa e África.
Marques explicou que o trabalho no Mapa se dá por meio da prevenção, vigilância dos sítios de aves migratórias e da adoção de medidas de emergência caso seja constatada a doença no país. Atuamos com barreiras primárias restringindo e controlando toda a importação de material genético ou produtos e animais de países de risco. Ampliando, aperfeiçoando nossas ações de barreias de fiscalização nos aeroportos, portos e postos de fronteira, disse.
Além disso, acrescentou Marques, é preciso ter também uma segunda barreira muito bem montada de monitoramento, vigilância, fiscalização no campo e a educação sanitária. E essa educação sanitária é fundamental para aumentarmos nossa sensibilidade do Sistema de Vigilância, disse, acrescentando que quando houver uma suspeita o Serviço Oficial tem que estar estruturado para poder fazer frente ao desafio eliminando o mais rápido possível a enfermidade.
O diretor de Combate às Doenças do Mapa citou o exemplo do Japão, em que 93% de todo o frango consumido por lá são brasileiros. Ou seja, é uma população de 130 milhões de pessoas que consomem o produto brasileiro. Marques ressaltou que a preocupação em conter a gripe aviária não é apenas comercial. Quando a gente fala em recursos, PIB, superávit, falamos em tudo que vem junto com isso que é a área social, o emprego, desenvolvimento e o crescimento do país, argumentou.
Ele lembrou que, em 2005, o setor avícola comercializou R$ 17 bilhões. Havendo a doença, disse o diretor, outros setores, como os das cadeias produtivas de milho e sorgo, que fornecem alimentação para as aves, serão bastante prejudicados, haverá perda de 4 milhões de postos de trabalho, restrição ao comércio e queda no valor da carne de frango.