Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mato Grosso atinge 100% da vacinação contra aftosa na faixa de fronteira

Vizinho bolivianos não são reconhecidos como livres da doença, por isso, Estado redobra sua atenção.

Redação (09/03/2009)- Mato Grosso alcançou índice de imunização de 100% na vacinação de bovinos com até um ano na faixa de fronteira com a Bolívia, contra a aftosa. Os números foram divulgados ontem, em Cuiabá, pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), e Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A Bolívia ainda não foi reconhecida como país com área livre da aftosa sem vacinação, por isso Mato Grosso precisa manter a imunização em todos os bovinos e bubalinos, três vezes ao ano contra a doença nas propriedades rurais no raio de 15 Km na região de fronteira. Em Vila Bela da Santíssima Trindade foram vacinados 47.857 cabeças em 211 propriedades. Em Cáceres 18.147 cabeças, em 238 propriedades e Porto Esperidião 15.517, em 99 propriedades.

No total foram 548 propriedades e 81.521 bovinos e bubalinos. A meta de garantir a imunização de 100% foi alcançada. Os principais beneficiados são os pequenos e médios pecuaristas da região e o Estado que mantém o título de área livre de febre aftosa com vacinação.

Segundo o presidente do Indea, Decio Coutinho, o Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa) financiou todas as vacinas para os produtores desta região. O Fefa adquiriu as 83.120 mil doses e contratou os vacinadores comunitários capacitados pelo Senar-MT . “Mato Grosso está há mais de 13 anos sem o foco da doença. Os índices excepcionais de vacinação que registramos nos últimos anos, que já ultrapassam 99% de nosso rebanho, nos habilitaram à redução de três para duas etapas. No entanto, na faixa de fronteira optamos por fazer um trabalho preventivo para não corrermos riscos por isso foi chamado de vacinação agendada”, explicou o presidente.

Um dos principais objetivos da criação do fundo, que completou 15 anos, é fomentar ações emergenciais do programa de erradicação da febre aftosa, e futuras indenizações após a erradicação da doença e suspensão da vacinação. “Esse trabalho envolve a participação de todos, dos governo federal e estadual, a iniciativa privada e principalmente do produtor rural que assimila muito bem nosso propósito. A prevenção sai mais barato que o curativo, por isso parabenizamos todos que colaboraram com esse excelente resultado naquela região”, afirmou o presidente Zeca D’Ávila.

De acordo com Eduardo Alves Ferreira Neto, diretor-tesoureiro da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), o fator principal do resultado obtido é a responsabilidade do produtor. “O sucesso desse trabalho é fruto da conscientização de todos em garantir a sanidade animal do rebanho. Por isso vamos continuar trabalhando arduamente junto aos sindicatos para manter o posto de área livre de aftosa com vacinação”, concluiu.

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso é responsável pela execução do programa de erradicação da febre aftosa em parceria com o Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), a Superintendência Federal de Agricultura no Estado de Mato Grosso, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, (Famato), o Sindicato das Empresas de Leilões Rurais, e o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos Estado do Mato Grosso (Sindifrigo).