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Mercosul terá US$ 500 mil da FAO para prevenção da gripe aviária

<p>Recursos servirão de apoio a trabalhos de detecção da doença.</p>

Redação (28/08/06)- A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) firmou convênio de US$ 500 mil com os países do Mercosul para continuar o trabalho de apoio, iniciado no ano passado, com vistas à detecção precoce da gripe aviária.

Em fevereiro de 2005, depois de reunião realizada em Brasília, o Fundo investiu outros US$ 500 mil no início do programa de assistência emergencial, diante da ocorrência da influenza aviária em países da África e da Ásia. Os recursos acertados com o Mercosul vão melhorar a qualidade de informação e capacitar laboratórios no Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina para o diagnóstico.

Um dos principais alvos são as aves que chegam em diferentes épocas do ano, em ciclos migratórios, segundo o diretor geral do Escritório Regional da FAO para a América Latina e Caribe, José Graziano. Em entrevista da sede do escritório em Santiago (Chile), Graziano disse que a organização promove esse apoio considerando que no continente existem 5 bilhões de aves e que a região é a maior produtora de carnes brancas do mundo um surto em qualquer desses países traria prejuízos econômicos consideráveis, principalmente para os países menores. O Brasil, destacou, depende fortemente da exportação de aves e ovos, por ser um segmento que gera muita renda e emprego.

Três anos depois do primeiro surto da gripe aviária, ocorrido na Ásia, foram abatidos 250 milhões de aves contaminadas ou sob suspeita, registrando-se também a morte de 103 pessoas, que comprovadamente foram vitimadas pela doença lembrou Graziano.

Ele esclareceu que nenhuma dessas mortes foi causada por consumo de ovos ou carne de aves.

As mortes foram causadas por contatos com as aves infectadas, especialmente as selvagens migratórias. Uma pessoa não passa a gripe aviária, como o nosso resfriado pode ser passado de um para o outro. A gripe aviária é classificada como uma zoonose e não uma pandemia. E o vírus da doença morre a uma temperatura relativamente baixa, o calor de um cafezinho quente.

No mês de setembro começa o período crítico, segundo Graziano, pois as aves procuram a América do Sul para fugir dos lugares mais frios.

O convênio da FAO com o Mercosul foi assinado na semana passada pelo ministro da Agricultura do Chile, Álvaro Rojas, que representou o bloco no documento. E vai permitir que o deslocamento das aves seja monitorado, a partir da observação por laboratórios implantados nos países da América Central e do Caribe. As informações, segundo Graziano, são então passadas para os países do sul.