Redação (13/07/06) – Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura reuniram-se ontem em Eldorado (MS) com a missão da União Européia (UE) que está no Brasil para avaliar as medidas sanitárias adotadas pelo governo para controlar os focos de febre diagnosticados no Estado e no Paraná no ano passado. Um novo encontro acontecerá na segunda-feira, em Brasília. Além de vistorias nas fazendas infectadas com aftosa, os técnicos europeus visitaram revendas de vacinas para auferir o volume de vendas e laboratórios. Os europeus barraram as compras de carne bovina do Paraná, São Paulo e Mato Grosso em resposta aos focos diagnosticados no ano passado. O Brasil tenta levantar esse embargo. Ontem, técnicos da União Européia visitaram fazenda Planura, no município de Aruanã, em Goiás, onde está localizado o confinamento de gado do frigorífico Bertin. O grupo, que estava em Goiás desde o início da semana vistoriando frigoríficos habilitados a exportar para a Europa, verificou o manejo, a entrada de animais e o tipo de alimentação que é dado aos animais. Os dados vão fazer parte de um relatório a ser enviado ao Ministério da Agricultura. Russos O Ministério da Agricultura informou ainda que uma missão russa estará no Brasil até o final do mês para avaliar a possibilidade de retomar as importações de carnes bovina e suína. Os veterinários vão verificar as providências adotadas para combater a febre aftosa. Em dezembro, aquele país embargou parcialmente a compra de carnes brasileiras. Com o surgimento da doença no Mato Grosso do Sul e depois no Paraná, eles deixaram de comprar carne produzida em oito Estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em abril, os russos suspenderam o embargo à produção gaúcha. Atualmente, só Rio Grande do Sul, Tocantins e Rondônia estão autorizados a exportar para a Rússia.
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