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Missão européia começa a ouvir relatos sobre sanidade

Dois veterinários da Missão Européia já estão em Campo Grande e iniciam hoje a visita à região de fronteira com o Paraguai.

Redação (22/01/2009)- Na SFA (Superintendência Federal de Agricultura), o francês Denôit Salveroche e o húngaro Georg Czisra participam de reunião às portas fechadas para conhecer as ações do governo do Estado.

Depois, visitam o laboratório da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária). A pedido dos europeus, também será realizada uma rodada de perguntas e repostas.

Chefe do serviço de sanidade agropecuária, Elvio Cazola, salienta que as ações na ZAV (Zona de Alta Vigilância) são exemplares. Ele acredita que os trabalhos vão satisfazer as exigências dos veterinários europeus. "100% doa animais estão identificados e a vacinação é assistida", detalha.

Em 2005, Mato Grosso do Sul registrou foco de aftosa em Eldorado, Mundo Novo e Japorã, região de fronteira no Paraguai, e foi proibido de exportar para a Europa, mercado que melhor remunera pela carne bovina.

O Estado retomou o status de área livre de aftosa com vacinação e a ZAV recebe atenção constante do mercado europeu.

A Zona de Alta Vigilância tem 800 mil animais e engloba 11 municípios.

De acordo com a superintendente interina da SFA, Juliana Fernandes, a expectativa é de que a vinda da missão resulte na confirmação de que o Estado está apto a exportar.

Ainda hoje, os europeus seguem Caracol, município que eles escolheram para fiscalizar. No sábado, a missão viaja para Recife.

De novo – Na próxima terça-feira, o Estado receberá a vista de outra Missão Européia, desta vez voltada para saúde pública. Os técnicos – o belga Andre Everz, o alemão Waltraud Hilde e a espanhola Julia Lopez Soriano – vão conhecer as duas fazendas de Mato Grosso do Sul que estão aptas a exportar carne in natura para o continente europeu.

A vistoria começa por Três Lagoas. Lá, eles vão verificar o trabalho de rastreabilidade na fazenda União. Os europeus ainda visitam o frigorífico Bertin, em Naviraí. Na quinta-feira, o grupo vai até à fazenda Primavera, a 150 km de Campo Grande.

De acordo com Juliana Fernandes, a lista Prace (que relaciona as propriedades aptas para vende ao mercado europeu) deve ganhar mais sei propriedade sul-mato-grossenses. "Estamos aguardando a publicação", afirma.

Trinta dias após a visita, a missão deve remeter ao Brasil o primeiro relatório. Caso haja dúvidas, são enviadas as explicações. O relatório final deve ser publicado até três meses após a visita.

Fevereiro – No mês que vem, a OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) também enviará missão ao Estado. O grupo vai avaliar as ações na fronteira com o Paraguai.

A decisão da OIE é ponto de referência para os países europeus. A organização só considerou Mato Grosso do Sul livre de febre aftosa com vacinação três anos após a descoberta da doença na região Sul do Estado.